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Bolsas da Ásia fecham sem sinal único; na Europa, foco é no avanço da covid-19

Tóquio encerrou em baixa, enquanto Xangai teve alta, com destaque para ações de tecnologia; países europeus monitoram nova onda de infecções pelo novo coronavírus

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Por Redação
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Os mercados acionários da Ásia não tiveram sinal único nesta quarta-feira, 30. Na Bolsa de Tóquio, houve ajuste após altas fortes recentes, mas as ações na China mostraram mais fôlego, com o setor de tecnologia.

No Japão, o índice Nikkei encerrou em baixa de 0,45%, em 27.444,17 pontos, um dia após ter atingido máxima em 30 anos de fechamento. Ono Pharmaceutical recuou 4,8% em Tóquio e a companhia de e-commerce MonotaRO teve queda de 3,3%. O Nikkei ainda mostra ganho de 16% em 2020, mas continua no radar o quadro da covid-19 no Japão.

Mercado de ações do Japão. Foto: EFE/EPA/KIMIMASA MAYAMA

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Na China, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 1,05%, em 3.414,45 pontos. Ações de tecnologia se destacaram, recuperando-se após recuos recentes. A Bolsa de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 1,34%, a 2.394,84 pontos.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng terminou em alta de 2,18%, em 27.147,11 pontos. Companhias do setor de tecnologia se destacaram também nesse mercado. Alibaba subiu 6,4%, após ter perdido mais de 15% nas duas sessões anteriores por ter passado a ser alvo de investigação antitruste na China. Tencent avançou 5,5% e Meituan, 5,3%.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi registrou ganho de 1,88% em Seul, a 2.873,47 pontos. Na última sessão do ano neste mercado, o Kospi terminou em recorde de fechamento, com ganho de 31% ao longo do ano e nove semanas consecutivas de ganhos na reta final de 2020. Samsung Electronics esteve entre os destaques hoje, em alta de 3,5%.

Em Taiwan, o índice Taiex subiu 1,49%, a 14.687,70 pontos.

Na Oceania, o S&P/ASX 200 fechou em baixa de 0,27%, em 6.682,40 pontos, na Bolsa de Sydney. Autoridades na Austrália reforçaram restrições à circulação, diante de novos focos de casos da covid-19 detectados em Sydney.

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Bolsas da Europa

As bolsas europeias não mostram sinal único, oscilando entre perdas e ganhos e em geral próximas da estabilidade. No Reino Unido, foi dada autorização para o uso emergencial da vacina da AstraZeneca e da Universidade Oxford contra a covid-19, mas continua em foco o avanço do vírus pelo continente e seus potenciais impactos. Além disso, a expectativa é de volumes mais baixos em negociação, neste que é o último pregão do ano para vários dos mercados.

Por volta das 6h30 (de Brasília), o índice pan-europeu subia 0,20%, a 402,43 pontos.

O Reino Unido autorizou mais cedo a vacina da AstraZeneca, cuja ação subia 0,46% há pouco em Londres. Com o aval, milhões de pessoas devem ser vacinadas no futuro próximo no país, que registrou há alguns dias o surgimento de uma cepa mais infecciosa do vírus, a qual tem se alastrado por vários países. O governo britânico afirmou que agora o país já possui estoque suficiente para vacinar toda sua população.

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A notícia, porém, era em grande medida esperada para esta semana e o aval para a vacina no Reino Unido não gera euforia nas negócios. A sessão é atípica, já que na quinta-feira várias praças, como Frankfurt, Paris e Milão, não devem operar por feriado, enquanto Londres deve ter pregão mais curto.

Continua a ser monitorado o Brexit, após a União Europeia avançar para confirmar o acordo comercial com o Reino Unido após a saída do país do bloco. Esse fator positivo, contudo, é contrabalançado pelos riscos à atividade com a nova onda da covid-19 em países da região.

As 6h52 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,23%, Frankfurt recuava 0,07% e Paris avançava 0,09%. Milão operava em alta de 0,16%, Madri caía 0,10% e Lisboa tinha baixa de 0,47%.

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Petróleo

Os contratos futuros de petróleo operam com ganhos, estendendo o movimento de ontem. Além do maior auxílio à economia nos Estados Unidos, influencia o recuo do dólar, que tende a apoiar a commodity. Outra notícia do mercado é que o American Petroleum Institute (API) estimou ontem queda de 4,8 milhões de barris nos estoques dos Estados Unidos na última semana - o dado oficial do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) será divulgado hoje. Às 4h58 (de Brasília), o petróleo WTI para fevereiro subia 0,62%, a US$ 48,30 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês avançava 0,55%, a US$ 51,37 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). 

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