PUBLICIDADE

Bolsas da Ásia iniciam semana em alta; Hong Kong avança 2,7%

Bons resultados nos EUA e fatores locais animaram os investidores do mercado financeiro asiático

Por Ricardo Criez , Hélio Barboza e da Agência Estado
Atualização:

A maioria dos mercados asiáticos iniciou a semana em alta. Os bons resultados em Wall Street foram um dos fatores a influenciar as bolsas da região nesta segunda-feira, 10. Fatores locais de cada país também foram determinantes.

 

PUBLICIDADE

A Bolsa de Hong Kong também foi influenciada pela redução das preocupações com um possível aperto no crédito chinês, após as declarações do premiê Wen Jiabao. O índice Hang Seng ganhou 554,15 pontos, ou 2,7%, e encerrou aos 20.929,52 pontos, o maior fechamento desde 29 de agosto de 2008. China Mobile liderou o rali, com esperanças de que será listada na Bolsa de Xangai em 2010. A operadora de telefonia disparou 3,4%. Os bancos chineses também alavancaram o mercado. China Construction Bank subiu 4%, Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) faturou 3,1% e Bank of Communications avançou 4%.

 

Já as afirmações de Jiabao, de que Pequim irá manter a moderada política de aperto monetário, não conseguiram reduzir as preocupações dos investidores com a liquidez do mercado. Dessa forma, a Bolsa de Xangai fechou em ligeira queda pela quarta sessão consecutiva. O índice Xangai Composto caiu 0,3% e encerrou aos 3.249,76 pontos. Ao contrário, o índice Shenzhen Composto avançou 0,5% e terminou aos 1.092,19 pontos. As ações de bancos e de imobiliárias foram as que sofreram. China Construction Bank perdeu 2%, enquanto China Vanke desabou 1,7%.

 

O fortalecimento do dólar nos mercados internacionais levou o yuan a uma nova e forte desvalorização sobre a moeda norte-americana. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,8344 yuans, de 6,8318 yuans do fechamento de sexta-feira.

 

A Bolsa de Taipé, em Taiwan, fechou novamente em ligeira alta. O índice Taiwan Weighted subiu 0,2% e terminou aos 6.882,87 pontos. As ações de empresas siderúrgicas, de cimento e de construção lideraram os ganhos, em maio a expectativas de aumento da demanda nesses setores, decorrentes do tufão que arrasou o país. Taiwan Cement escalou 3%. Shining Building Business adicionou 3,6%. Tung Ho Steel Enterprise disparou 4,2%.

 

Na Coreia do Sul, o índice Kospi da Bolsa de Seul fechou estável, com as realizações de lucros em bancos e tecnológicas anulando os ganhos em retardatárias das altas recentes, como as companhias aéreas e as petroquímicas. O Kospi ganhou apenas 0,01% e fechou aos 1.576,11 pontos. Samsung Electronics recuou 0,8%.

 

A Bolsa de Sydney, na Austrália, ficou sob pressão de baixa durante todo o dia, com a expectativa pelos resultados dos pesos pesados BHP Billiton e Commonwealth Bank, previstos para quarta-feira. Ainda assim, o índice S&P/ASX 200 obteve alta de 0,1% e encerrou aos 4.304,1 pontos. As ações da BHP recuaram 0,6%, enquanto as da concorrente Rio Tinto cederam 3,3% com o temor provocado pelas denúncias publicadas no final de semana por um site chinês, ligado ao Escritório de Segredos de Estado da China. O órgão disse que a Rio Tinto obteve ilegalmente informações sobre o setor siderúrgico chinês, o que teria causado "enorme dano à segurança econômica nacional do país".

 

Nas Filipinas, o índice PSE da Bolsa de Manila avançou 2,4% e fechou aos 2.850,58 pontos.

 

A Bolsa de Cingapura não operou por causa de um feriado nacional. O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, encerrou em novo recorde de alta no ano, com compras de investidores estrangeiros de ações relacionadas a petróleo em meio a expectativas de que a recuperação econômica global elevará a demanda pela commodity. O índice subiu 1,7% e fechou aos 2.389,56

pontos.

 

O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, subiu 0,3% e fechou no novo recorde de alta de 1.188,00 pontos. Compras à tarde de fundos ligados ao governo ajudaram a manter o índice no território positivo apesar das persistentes realizações de lucros de investidores de varejo. As informações são da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.