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Bolsas da Ásia recuam com sinais contraditórios de retomada nos EUA

Por SUSAN FENTON
Atualização:

As bolsas de valores da Ásia terminaram em queda nesta sexta-feira, após atingirem as máximas em 13 meses, conforme um cenário contraditório sobre a firmeza da recuperação econômica dos Estados Unidos deteve investidores de ampliar o rali desta semana, dando algum fôlego ao dólar. Às 7h51 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne as principais bolsas da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão cedia 0,51 por cento, para 392 pontos. O indicador avançou 80 por cento desde meados de março, quando os mercados iniciaram um rali ancorado em esperanças de que crise financeira atingiu o fundo do poço. Investidores no Japão se mostraram cautelosos antes de um feriado prolongado na próxima semana, embora o vice-presidente do Banco do Japão, Hirohide Yamaguchi, tenha dito que um ciclo positivo de negócios está começando, sinalizando que o banco central pode em breve suspender o suporte emergencial para financiamento corporativo. "Uma melhora na economia global deve continuar por algum tempo", afirmou Yamaguchi em um fórum, em Tóquio. O índice Nikkei, de TÓQUIO, recuou 0,7 por cento, para 10.370 pontos, interrompendo um rali de três dias. A bolsa de XANGAI caiu 3,19 por cento, para 2.962 pontos, pressionada perspectiva de uma alta acentuada no volume de ações por conta de futuras ofertas iniciais e por preocupação de investidores sobre um possível avanço excessivo do mercado. A baixa dos mercados acionários diminuiu a pressão sobre o dólar, que se manteve acima das mínimas em um ano atingidas na véspera frente a uma cesta com as principais moedas. Contudo, analistas disseram que a pausa pode ser temporária. "Estamos vendo um pouco de recuo e uma ampla fraqueza do dólar continua intacta", disse Jonathan Cavenagh, estrategista cambial da Westpac, na Austrália. Investidores ao redor da Ásia retrocederam após os índices de bolsas da região terem alcançado nível mais alto em 13 meses na quinta-feira. Apesar de haver crescente confiança de que a economia global está em uma tendência de alta, existe incerteza sobre a firmeza dessa recuperação. Dados na quinta-feira mostraram que a construção de moradias nos Estados Unidos em agosto atingiu o maior patamar desde novembro, mas um aumento no número de trabalhadores norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego reduziu o otimismo sobre uma forte retomada na maior economia do mundo. A fraqueza dos mercados de commodities pressionou as ações de companhias australianos ligadas a recursos naturais, como a gigante mineradora global BHP Billiton, que registrou perdas de 2,25 por cento. Em SYDNEY houve declínio de 0,46 por cento. CINGAPURA caiu 0,92 por cento e HONG KONG recuou 0,67 por cento. Na contramão, o indicador Kospi, de SEUL, subiu 0,25 por cento, para 1.699 pontos, motivado pelas compras feitas por investidores estrangeiros. TAIWAN também apresentou oscilação positiva, de 0,66 por cento.

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