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Bolsas da Ásia se recuperam e disparam de olho na Europa

Por ALEX RICHARDSON
Atualização:

As bolsas de valores asiáticas se recuperaram nesta terça-feira, com esperança de que as autoridades da zona do euro agirão para conter a crise de dívida da Grécia e impedir um derretimento financeiro. Os setores financeiro e de mineração foram destaque de alta, mas alguns profissionais do mercado alertaram contra o otimismo injustificado sobre a capacidade da Europa em tomar as rédeas da crise. "É uma reação automática ao fato de que o mundo não acabou na noite passada", disse Richard Morrow, diretor da corretora E.L. & C. Baillieu, em Melbourne. "É uma reversão e eu não vejo isso durando. O mercado tem sido tão pessimista quanto o que eu me lembro dos últimos dias de 2008." Após três pregões de fortes declínios e oscilações nos mercados de commodities, o petróleo, o cobre, o ouro e a prata se valorizaram. O petróleo nos Estados Unidos disparou quase 2 dólares o barril. O dólar, os Treasuries e os bônus do governo japonês, ativos considerados mais seguros, recuaram. Membros do Banco Central Europeu (BCE) disseram na segunda-feira que as autoridades estão trabalhando para aumentar o poder de fogo do fundo de resgate da zona do euro. Os mercados reagiram de forma positiva, terminando em alta de mais de 2 por cento na segunda em Wall Street. E o bom humor continuou na Ásia, onde o índice de Tóquio avançou 2,82 por cento, recuperando-se após bater o menor nível de fechamento em mais de dois anos. O índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão disparava 5 por cento, após cair ao menor nível dos últimos 16 meses na segunda-feira. O MSCI ainda acumula queda de 26 por cento desde a máxima do ano, em abril. O índice de Seul subiu 5,02 por cento. O mercado se valorizou 4,15 por cento em Hong Kong e a bolsa de Taiwan ganhou 3,09 por cento, enquanto o índice referencial de Xangai teve alta de 0,91 por cento. Cingapura avançou 2,70 por cento e Sydney fechou com alta de 3,64 por cento.

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