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Bolsas da Europa fecham em alta, mas Nova York e Ásia ficam sem sentido único

Investidores já estão à espera da decisão do banco central americano sobre a política monetária do país, que deve continuar inalterada, apesar da alta da inflação

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Por Redação
Atualização:

O clima foi misto no exterior nesta segunda-feira, 26, com as Bolsas da Europa em alta, mas Nova York e Ásia fechando sem sinal único, em um dia com poucos acontecimentos, mas com os investidores já à espera da próxima decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre a política monetária dos Estados Unidos.

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Apesar da alta recente da inflação americana - e das projeções de que ela deverá continuar crescendo nos EUA -, a expectativa é que o Fed mantenha sua política pró-estímulos e juros baixos inalterada na próxima quarta-feira, 28, deixando a taxa de juros do país entre 0% e 0,25% ao ano. Dirigentes da entidade monetária já disseram que uma alteração na política monetária não deve acontecer antes de 2022. Além disso, o mercado também espera a leitura inicial do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA referente ao primeiro trimestre.

Ainda por lá, o diretor da Conselho Econômico Nacional dos EUABrian Deese, afirmou que o aumento do imposto sobre ganhos de capital afetará os indivíduos que ganham mais de US$ 1 milhão por ano, ou 500 mil famílias. Durante uma coletiva de imprensa da Casa Branca, ele ressaltou que esse número representa 0,3% dos contribuintes do país. A possibilidade foi apresentada pelo presidente Joe Biden na semana passada.

A Bolsa de Madri teve a maior alta da Europa hoje, após fechar com ganho de 0,97%. Foto: Ana Bornay/EFE

Enquanto essas decisões não saem, o noticiário da pandemia ainda é monitorado pelo mercado. Em entrevista ao The New York Times no último domingo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deu a entender que americanos vacinados contra a covid-19 terão permissão para visitar os países da UE a partir de junho, quando começa o verão no hemisfério norte. O setor tem sido um dos mais afetados, em todo mundo, pela covid.

Bolsas de Nova York

À espera da decisão do Fed, o mercado de Nova York fechou misto, com Dow Jones em queda de 0,18%, mas S&P 500 e Nasdaq com ganhos de 0,18% e 0,87% cada, batendo um novo recorde de fechamento. "A semana promete ser uma das mais agitadas do ano, pela agenda de balanços lá fora, de gigantes americanas de tecnologia - como Tesla e Alphabet, hoje; Apple e Facebook, na quarta-feira-, e também de indústrias, como Boeing e Ford, na quinta, que podem dar uma boa direcionada ao mercado, além da decisão de juros nos EUA, seguida da entrevista do Jerome Powell, presidente do Fed", diz Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos

Bolsas da Europa

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No continente europeu, o índice Stoxx 600, que concentra as principais empresas da região, subiu 0,29%, enquanto a Bolsa de Londres teve ganho de 0,35%, a de Paris avançou 0,28% e a de Frankfurt registrou alta de 0,11%. Os índices de Milão, Madri e Lisboa subiram 0,52%, 0,97% e 0,41% cada.

Bolsas da Ásia

No continente asiático, uma realização de lucros foi puxada pelo mercado da China, onde os índices de Xangai e Shenzhen caíram 0,95% e 0,75%, respectivamente. O clima atingiu ainda o mercado de Hong Kong, que caiu 0,43%. Na contramão, a Bolsa de Tóquio subiu 0,36%, enquanto a de Seul teve ganho de 0,99% e a de Taiwan avançou 1,57%.

Na Oceania, a bolsa australiana encerrou a sessão em baixa moderada, de 0,21%, após oscilar entre pequenos ganhos e perdas. 

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Petróleo

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira, com o recrudescimento da pandemia de covid colocando em risco as perspectivas de recuperação da demanda pela commodity energética em 2021. O mau humor foi atenuado após o comitê técnico da Organização dos Países Exportadores de  Petróleo e aliados (Opep+) demonstrar preocupação com a alta recorde de novos casos da doença na Índia, um dos maiores importadores de petróleo do mundo.

O barril do petróleo WTI com entrega prevista para junho fechou em queda de 0,37%, cotado a US$ 61,91, enquanto o Brent para o mesmo mês recuou 0,70%, a US$ 65,65. /MAIARA SANTIAGO, GABRIEL CALDEIRA E SERGIO CALDAS

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