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Bolsas de NY abrem em baixa; Bovespa cai mais de 2%

Mercados internacionais voltam a cair nesta quarta-feira; Europa despenca após pronunciamento de Trichet

Por Agência Estado
Atualização:

As bolsas norte-americanas abriram em baixa nesta quarta-feira, 23, em mais uma sessão em que os temores quanto ao rumo da economia dos EUA provocam estragos. Além disso, a possibilidade de que a Apple não manterá o crescimento expressivo que vem registrando até agora é mais um elemento que piora o humor dos investidores. Às 13h31, o Dow Jones registrava queda de 0,97%, o Nasdaq caía 3,41%.   Veja também:  Em meio a incertezas, Copom decide juro  Fed reduz juro e alivia mercados  Com corte de juros dos EUA, bolsas asiáticas fecham em alta  Dólar abre em alta; Na Europa, bolsas operam em baixa  Especialistas recomendam cautela com ações  Entenda a crise nos Estados Unidos   Celso Ming comenta a crise no mercado financeiro     A decisão do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) de promover corte emergencial de 0,75 ponto porcentual na taxa dos Fed Funds, para 3,5% ao ano, amorteceu a queda das bolsas norte-americanas na terça e deu impulso aos mercados asiáticos nesta quarta-feira. Mas o alívio mostrou-se breve. As especulações quanto ao futuro econômico nos EUA e as discussões sobre se o país já estão em recessão só crescem.   Por aqui, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a cair quase 4%, mas no início da tarde (13h30) reduziu a queda para 2,49%, aos 54.699 pontos. Na Europa, além disso, pesa a frustração dos investidores com uma possível redução dos juros.   Num dia sem divulgação de indicadores econômicos, os investidores observam muito de perto os balanços corporativos nos EUA. Na terça, a Apple anunciou alta de 58% em seu lucro trimestral, mas causou frustração ao prever lucro por ação de US$ 0,94 por ação no próximo trimestre, bem menos que o US$ 1,09 previsto por analistas.   As ações da Motorola, cujo lucro líquido no quarto trimestre caiu 84%, para US$ 100 milhões, recuavam 16,07% antes da abertura. Para o primeiro trimestre, a companhia prevê prejuízo entre US$ 0,05 e US$ 0,07 por ação com operações continuadas.   Os papéis da farmacêutica Pfizer operavam com leve alta, de 0,13%. A empresa anunciou queda de 70%, para US$ 9,45 bilhões, no lucro líquido de quarto trimestre. Em meio ao recuo nos mercados, a General Motors anunciou que suas vendas globais cresceram 3% em 2007, para 9,37 milhões de unidades (os dados são preliminares). A montadora norte-americana vendeu o mesmo número de veículos que a rival japonesa Toyota no ano passado. No pré-mercado, as ações da GM caíam 3,17%.   Na Europa, em discurso, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, não deu nenhum sinal de afrouxamento da política monetária. Ele afirmou que os bancos centrais devem ancorar as expectativas de inflação em "tempos difíceis" para evitar encorajar a volatilidade dos mercados. As bolsas da região aprofundam a queda. Às 11h30, Londres caía 3,05%. Em Paris, a bolsa recua 4,52%, e Madrid cede 4,45%.

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