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Bolsas despencam na Europa apesar de pacote dos EUA

Índices registram queda acentuada nesta segunda, por medo de recessão nos EUA.

Por Marina Wentzel
Atualização:

Os mercados da Europa despencaram nesta segunda-feira, mais uma vez impulsionados pelo pessimismo dos investidores internacionais que temem que a economia norte-americana entre em recessão neste ano. Às 10h20 (horário de Brasília), o índice FTSE, da Bolsa de Londres, registrava queda de 5,11%; em Paris, a queda do CAC chegava a 6,38%; enquanto o Dax, de Frankfurt, registrava a maior baixa, de 6,52%. A queda acentuada dos mercados europeus acontece apesar do anúncio, na sexta-feira, de um pacote de estímulos à economia americana, que inclui corte de impostos e criação de incentivos fiscais no valor de US$ 145 bilhões de dólares. Resposta Na sexta-feira, Wall Street fechou em baixa, com o índice Dow Jones perdendo 4% no acumulado da semana, e a Ásia ecoou a ressaca desse pessimismo vindo dos Estados Unidos. O índice Nikkei de Tóquio fechou com queda de 3,8%, no nível mais baixo desde outubro de 2005. Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou o pregão com perdas de 5,49%. As H-shares, ações de empresas chinesas, caíram 7,07%. O índice SSE Composite de Xangai fechou em queda de 5,1%. Outros mercados, como Coréia do Sul, Austrália, Cingapura, Taiwan e Filipinas também apresentaram nítida queda. Grande parte das empresas manufatureiras da Ásia exportam para os Estados Unidos, e uma redução no consumo dos americanos significa desempenho fraco para as companhias da região. Bancos Além disso, está sendo questionada a noção de que os bancos asiáticos teriam sofrido menos que os europeus e americanos com a crise de crédito no mercado imobiliário dos Estados Unidos, desencadeada ano passado. Em reportagem de capa, o jornal South China Morning Post de Hong Kong desta segunda-feira revela que o banco Bank of China deverá anunciar em abril, quando divulgar os resultados finais do ano passado, perdas de US$ 7,95 bilhões relacionada à crise das hipotecas. O Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) e o Banco da Construção da China (CCB) também sofreram com o mesmo problema, informa o jornal. No ano passado o ICBC anunciou perdas de US$ 1,23 bilhão e o CCB de US$ 1,06 bilhão com as hipotecas sub-prime nos EUA. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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