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Bolsas dos EUA seguem voláteis e recuam mais de 1% no dia

Por CAROLINE VALETKEVITCH
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As bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam em nova queda nesta sexta-feira, encerrando a pior semana para o índice S&P 500 em quase cinco anos, em meio à preocupação com a perspectiva de piora para o financiamento de aquisições corporativas. O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 1,54 por cento, para 13.265 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 1,43 por cento, para 2.562 pontos. O índice Standard & Poor''s 500 teve desvalorização de 1,60 por cento, para 1.458 pontos. A alta de quase 3 por cento dos preços do petróleo, que teve nos EUA o segundo maior fechamento da história, aumentou as preocupações com a economia. Mesmo com o avanço da commodity, as ações de empresas de energia, como Exxon Mobil, lideraram as perdas no índice S&P. A queda se acelerou nos últimos minutos de pregão, fazendo o índice Dow Jones cair mais de 200 pontos um dia após a forte baixa que fez o S&P 500 perder mais de 300 bilhões de dólares em valor de mercado. "Tivemos essa mudança poderosa nas expectativas dos investidores em termos do novo fluxo de negócios", disse Fred Dickson, estrategista de mercado da D.A. Davidson, em Lake Oswego, Oregon. "Os salva-vidas gritaram, e os investidores estão começando a prestar atenção a esses avisos e ''saindo do mar"'', acrescentou. Os investidores temem que a deterioração dos mercados de crédito possa diminuir a quantidade de acordos corporativos e secar o crédito. Também há o receio de que as perdas no mercado norte-americano de crédito imobiliário de risco possa contaminar o restante da economia. Na semana, o índice Dow Jones caiu 4,2 por cento, o S&P perdeu 4,9 por cento e o Nasdaq recuou 4,7 por cento. Foi a maior desvalorização semanal em termos percentuais do S&P desde setembro de 2002. No caso do Dow Jones, foi a maior queda em pontos do indicador desde julho de 2002. Antes da abertura do mercado, o Departamento do Comércio informou que o crescimento da economia dos EUA se recuperou no segundo trimestre com a alta do investimento empresarial e dos gastos públicos. Após o relatório, as ações chegaram a subir no início dos negócios.

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