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Bolsas e balança comercial alimentam alta do dólar

Moeda norte-americana fecha cotada a R$ 1,633, puxada por queda nos mercados mundiais nesta segunda-feira

Por Fabio Gehrke e da Reuters
Atualização:

O dólar fechou em alta nesta segunda-feira, 25, seguindo o pessimismo das principais bolsas de valores mundiais e os dados semanais da balança comercial. A moeda norte-americana subiu 0,31%, para R$ 1,633. A divisa chegou a recuar durante a manhã, mas a forte deterioração dos principais índices acionários impulsionou as cotações.   Veja também: Importação sobe 70% e País tem déficit comercial na semana   No final da tarde, a Bovespa caía quase 2% e o Risco País subia 7 pontos-básicos. O Dow Jones perdia pouco mais de 2% com temores sobre o impacto da crise de crédito sobre a economia.   "O mercado está acompanhando os problemas lá de fora. Internamente, está bastante tranquilo", afirmou Sérgio Falcão, consultor da SLW Corretora. Ele ressaltou a baixa volatilidade do mercado de câmbio - apesar da amplitude da queda das bolsas, o dólar não teve força para operar acima de R$ 1,635.   Segundo o departamento de câmbio da corretora Concórdia, o movimento desta sessão se deveu mais a uma reação aos dados da balança comercial que revelaram um déficit na última semana.   O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou um saldo comercial negativo de US$ 840 milhões na quarta semana de agosto. "O dado reacende as preocupações com a balança. O impacto negativo é a velocidade (da formação deste déficit)", afirmou a corretora. O departamento de câmbio da Concórdia também ressaltou que o dólar encontrou um piso no nível de R$ 1,60, e que deve se manter flutuando entre R$ 1,61 e R$ 1,63. Mas com o fraco volume de negócios, "o mercado fica mais sensível e qualquer notícia" pode afetar as cotações.   Na última hora de negócio, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista e definiu taxa de corte a R$ 1,6334.

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