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Bolsas europeias fecham em baixa após forte queda de Xangai

Índice pan-europeu Dow Jones Stoxx 600 caiu 0,64%; ações de bancos irlandeses tiveram forte desvalorização

Por André Lachini e da Agência Estado
Atualização:

As bolsas europeias fecharam nesta segunda-feira, 31, em baixa, lideradas por resultados negativos de bancos irlandeses e na sequência de grandes perdas na China, em meio a volumes baixos negociados, com a Bolsa de Londres fechada por um feriado bancário no Reino Unido. A fraca abertura do mercado de ações norte-americano também pesou na Europa.

 

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O índice pan-europeu Dow Jones Stoxx 600 caiu 0,64% para 236 pontos, enquanto o principal índice da bolsa parisiense, o CAC-40, recuou 1,07% para 3.693,14 pontos. O índice DAX da Bolsa de Frankfurt caiu 0,96% e fechou em 5.517,35 pontos.

 

Na China, o índice Xangai Composto fechou nesta segunda-feira em forte queda de 6,7%, em um movimento desencadeado pela IPO da Metallurgical Corp of China, que gerou preocupações de excesso de oferta e rumores de uma desaceleração no crescimento dos empréstimos.

 

No setor bancário europeu, destaque para as perdas dos bancos irlandeses. As ações do Allied Irish Banks recuaram 5,6%, enquanto os papeis do Bank of Ireland caíram 8,9%, em seguida a relatos de que o governo da Irlanda poderá cortar pagamentos a instituições de crédito, sob um plano para comprar 90 bilhões de euros de empréstimos dessas empresas.

 

Sob o plano da National Asset Management Agency da Irlanda, que comprará os empréstimos para limpar os balanços dos bancos, as instituições receberiam cerca de 80% do valor de cada empréstimo imediatamente, informou ontem o Sunday Times, sem citar as fontes. Os 20% restantes serão pagos se a propriedade que foi comprada com o empréstimo atingir o valor previsto na revenda pela agência, segundo a reportagem do jornal.

 

Entre as notícias corporativas, as ações da indústria francesa de cosméticos L'Oreal fecharam em queda de 1,18%, após o ING rebaixar a classificação dos papeis de mater para a venda.

 

No setor farmacêutico, as ações do laboratório Sanofi-Aventis caíram 1,8%, após um estudo mostrar que o medicamento Brilinta da AstraZeneca é mais eficiente que o remédio Plavix da Sanofi e da Britol-Myers Squibb. O estudo publicado no New England Journal of medicine mostra que a pílula da AstraZeneca produziu uma queda de 16% nas mortes por ataques cardíacos e derrames entre os pacientes.

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Na Bolsa de Estocolmo, onde a AstraZeneca também está listada, as ações fecharam em alta de 1,98%.

 

Em Paris, as ações da Wendel caíram 7% após a empresa informar uma perda líquida de 960 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, de um lucro de 365 milhões de euros em igual período do ano passado, atingida por uma diluição das suas ações no grupo Saint-Gobain.

 

Também na França, as ações da Altran recuaram 8,2% após a empresa informar perda de 30,2 milhões de euros no primeiro semestre, em comparação a um lucro de 6,9 milhões de euros em igual período de 2008. As ações caíram 13%, como resultado da drástica queda das vendas no setor automotivo e nos negócios de Consultoria.

 

Na Alemanha, as ações do Deutsche Post caíram 1,84% após o papel da empresa ter sido recomendado para neutro, a partir de manutenção, pelo Commerzbank. O broker notou que enquanto a empresa está bem posicionada para se beneficiar de uma potencial recuperação econômica, os preços das suas ações já subiram 80% nos últimos seis meses.

 

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O Commerzbank acrescentou que o faturamento na unidade de correios está em risco, devido a um declínio estrutural nos volumes, potencial perda de isenções, o reinício da competição e um possível cancelamento de pagamentos mínimos.

 

No fronte econômico, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro caiu 0,2% em agosto, em comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados preliminares da Eurostat. A queda foi menor do que a de 0,7% registrada em julho e ficou pouco acima das estimativas dos analistas, que esperavam declínio de 0,3%. As informações são da Dow Jones.

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