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Bolsas européias fecham em baixa; Bovespa e NY também caem

Resultados corporativos decepcionantes trazem de volta o fantasma de uma recessão mundial prolongada

Por Agência Estado e Reuters
Atualização:

No dia seguinte à segunda maior alta do ano, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera no vermelho, a reboque de Wall Street, que refletia o pessimismo com dados corporativos trimestrais negativos. Na Europa, os mercados também encerraram os pregões em baixa. Às 14h55 (de Brasília), o Ibovespa caía 2,62%, para 38.409 pontos. O dólar também mantém a tendência de valorização e no mesmo horário subia 5,72%, cotado a R$ 2,238, na máxima do dia. Em Nova York, Dow Jones caía 2,05%; Nasdaq perdia 2,66% e S&P 500 cedia 2,32%.   Veja também: Consultor responde a dúvidas sobre crise   Como o mundo reage à crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise A cronologia da crise financeira  Dicionário da crise      De um lado, os investidores se animavam com os sinais de restabelecimento da liquidez nas operações interbancárias, que era percebida com a redução de spreads nos negócios com títulos do Tesouro dos Estados Unidos e a Libor. Com isso, os índices chegaram até a esboçar alta. Mas de outro, resultados corporativos decepcionantes traziam de volta o fantasma de uma recessão prolongada, motivando parte do mercado a embolsar ganhos, depois da alta expressiva da véspera.   A lista de companhias com piora nos resultados do terceiro trimestre era extensa. Incluía nomes como a fabricante de produtos químicos DuPont, a BlackRock, maior gestora de ativos dos Estados Unidos, o bancoBancorp e a Texas Instruments.   Na Europa, as principais bolsas também encerraram em baixa. Madri fechou em queda de 1,50%; Lisboa caiu 1,73%; Frankfurt cedeu 1,05%; Milão caiu 1,39%; Londres desvalorizou-se 1,24%. A exceção foi Paris, que fechou em alta de 0,78%.   Por aqui, a Câmara realiza nesta terça uma Comissão Geral para debater a crise financeira internacional com a presença do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Dólar e petróleo   Para conter a valorização da moeda norte-americana frente ao real, o Banco Central vendeu o lote integral de 10 mil contratos de swap cambial tradicional em leilão realizado nesta terça-feira, com vencimento em 1/12/08. A colocação equivale a valor de US$ 500,1 milhões. Com esta operação, o BC realiza a venda deste tipo de contrato pela décima segunda sessão consecutiva.   O petróleo e as demais commodities ressentiram-se da alta do dólar. O petróleo foi influenciado ainda pela percepção de que o corte especulado de 1 a 3 milhões de barris na cota de produção da Opep não será suficiente para formar um piso à queda de preços do petróleo. A perspectiva de vencimento do contrato de novembro do WTI na Nymex hoje acentua o movimento. Às 14h02 (de Brasília), o WTI caía 5,64% para US$ 70,06 o barril na Nymex.   Ásia   Os mercados de ações asiáticos registraram valorização nesta terça, impulsionados por sinais de que os esforços de governos para diminuir taxas de empréstimos de curto prazo estão surtindo efeito. Comentários do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, que deram apoio a mais investimentos estatais para apoiar a economia, também influenciaram os negócios.   O índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, teve valorização de 3,3%, recuperando-se em 25% em relação ao forte declínio do último mês. O índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 0,39% às 7h52 (horário de Brasília). O indicador acumula queda de 18% em outubro e de 50%

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