PUBLICIDADE

Publicidade

Bolsas européias fecham em forte alta; Bovespa sobe 3%

Mercados de Nova York ensaiam recuperação após manhã de baixas; petróleo sobe e ajuda Bovespa

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

As bolsas européias fecharam em forte alta nesta sexta-feira, 17, puxadas por uma recuperação nos preços do petróleo. Em São Paulo e Nova York, as bolsas se recuperavam após uma manhã de oscilação. A Bolsa de Paris teve alta de 4,68%, em Londres a elevação foi de 4,43% e em Frankfurt de 3,43%. Veja também: Consultor responde a dúvidas sobre crise   Como o mundo reage à crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise A cronologia da crise financeira  Dicionário da crise  Por aqui, a Bolsa de Valores de São Paulo operava na máxima às 13h51, em alta de 3,07%, sustentada principalmente pelas ações mais populares do pregão, que se recuperam na esteira do desempenho das matérias-primas (commodities) no mercado internacional. Dentre as maiores altas do índice, destaque para os papéis da Petrobras, que sobem 5,18%, e da Vale, que avançam 4,74%, puxando a recuperação de hoje. Em Nova York, o Dow Jones tem alta de 2,05%, enquanto o Nasdaq subia 2,12%. A recuperação dos preços do petróleo reflete a expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) corte em breve sua produção, sobretudo após a decisão do cartel de antecipar sua reunião de emergência de 18 de novembro para 24 de outubro. Dentre as siderúrgicas, as ações da CSN, que dispararam 17,29% na quinta-feira, na contramão do Ibovespa, subiam 1,89%, na esteira das notícias de que firmou uma parceria com um consórcio de empresas asiáticas, com vistas a vender 40% da Namisa, sua unidade de minério de ferro. Hoje, a siderúrgica Posco, da Coréia do Sul, confirmou que está em negociações para participar da compra. Segundo a Posco, a decisão será tomada na próxima terça-feira. No lado corporativo, a Aracruz e a Votorantim Celulose e Papel (VCP) saíram de lucro para prejuízo no terceiro trimestre, pressionadas pelas perdas com derivativos cambiais, segundo os balanços divulgados esta manhã. A Aracruz, maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto, pelos padrões contábeis internacionais, teve prejuízo líquido de US$ 545,9 milhões no terceiro trimestre, ante lucro de US$ 105,3 milhões no mesmo período de 2007. O resultado foi influenciado pelo lançamento de uma despesa não-operacional de US$ 1,1 bilhão, basicamente pelo resultado negativo de transações com derivativos. Pelos padrões contábeis brasileiros, o prejuízo foi ainda maior, R$ 1,569 bilhão, contra lucro líquido de R$ 260,506 milhões no mesmo período do ano passado. As ações da empresa caíam 5,15%. A VCP também saiu de lucro de R$ 282,861 milhões no terceiro trimestre de 2007 para prejuízo de R$ 585,465 milhões em igual período deste ano. A linha financeira líquida passou de positiva em R$ 110,883 milhões para negativa em R$ 957,989 milhões. O impacto do câmbio na dívida foi de R$ 465 milhões no terceiro trimestre. Os papéis da empresa recuavam 4,28%. Dados ruins Nos EUA, um novo dado ruim. O número de construções residenciais iniciadas cedeu pelo terceiro mês consecutivo em setembro, para o menor nível em 17 anos. O número de novas construções caiu 6,3%, o menor patamar desde janeiro de 1991. Em comparação a setembro do ano passado, o número de novas construções caiu 31,1%. Já o índice de sentimento do consumidor dos EUA, medido pela Universidade de Michigan, caiu para 57,5 em meados de outubro - menor patamar desde junho deste ano - ante 70,3 em setembro. Economistas esperavam uma queda menos acentuada, para 65. Ásia As Bolsas da China estiveram na contramão da tendência regional. Inspirados pelos ganhos de ontem em Wall Street, os caçadores de ofertas marcaram presença no pregão, com compras de ações de estaleiros e de corretoras. Com isso, o mercado teve leve alta, após três sessões consecutivas de queda. O índice Xangai Composto subiu 1,1% e encerrou aos 1.930 pontos. O Shenzhen Composto ganhou 0,8%, aos 504,52 pontos. Na Bolsa de Seul, na Coréia do Sul, as ações de bancos e de empresas de construção lideraram a queda de 2,7% no índice Kospi, que fechou aos 1.180,67 pontos. Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney fechou no seu menor nível em mais de três semanas, aos 3.970,8 pontos (queda de 1,1%). Os setores de matérias-primas, energia e bancos pressionaram o índice, mesmo com a alta de ontem nas bolsas de Nova York. Acompanhando a queda das cotações das commodities metálicas na Bolsa de Metais de Londres, BHP baixou 4,7% e Rio Tinto, 5,1%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.