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Bolsas européias reduzem perdas, mas fecham em forte baixa

Retração da economia britânica e a queda nas vendas de montadoras francesas levam nervosismo ao mercado

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Por Redação
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As bolsas européias fecharam em forte queda nesta sexta-feira, 24, mesmo com um melhor desempenho na parte final dos pregões. O anúncio de retração da economia britânica no terceiro trimestre e o fechamento de fábricas e a redução de produção das duas principais montadoras francesas reforçaram o temor de uma recessão global. A Bolsa de Londres perdeu 5%. Frankfurt caiu 4,96% e Paris, 3,54%. Veja também: Consultor responde a dúvidas sobre crise   Como o mundo reage à crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise A cronologia da crise financeira  Dicionário da crise  A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também opera em forte queda nesta sexta, seguindo os mercados mundiais. Após uma abertura ruim do Ibovespa, que em 20 minutos caiu 8%, o pregão recuperou parte das perdas e às 14h20 (de Brasília) caía 6,63%, aos 31.576 pontos. Depois de subir mais de 3% nessa manhã, o dólar inverteu a tendência com o anúncio de novos leilões da moeda e, às 13h03 (de Brasília), passou a cair 0,43%, cotado a R$ 2,295. Em Nova York, o índice Dow Jones se desvalorizou 5% em cinco minutos de pregão, no dia em que a quinta-feira negra de 29, que desencadeou o crash da Bolsa, faz 89 anos. Às 14h01 (de Brasília), o Dow Jones caía 3,51%, Nasdaq perdia 2,56% e S&P 500 desvalorizava-se 3,62%. A Bolsa de Moscou suspendeu o pregão nesta sexta, após uma queda acelerada nas primeiras horas dos negócios. O índice Micex caiu 7,5% antes de parar. As ações Sberbank, maior banco do país, se devalorizaram 15% e as da estatal petrOlífera Rosneft recuaram quase 10%. As duas principais montadoras francesas, a Renault e a Citroen-Peugeot, anunciaram medidas para conter as quedas nas vendas de automóveis. A Renault planeja interromper a produção em duas de suas fábricas na França por 15 dias, a partir da próxima semana. A Peugeot anunciou um corte expressivo na produção depois de seus ganhos trimestrais encolherem 5,2%. Ásia O cenário no mercado financeiro já era negativo após o fechamento das bolsas asiáticas, que caíram com balanços ruins de empresas orientais, como Sony e Samsung. Em Tóquio, o índice Nikkei da bolsa do Japão caiu 9,6%, depois que a s Sony divulgou que a previsão de lucro do ano caiu pela metade. Na Coréia do Sul, a bolsa caiu 10,6%, com a Samsung divulgando que seus lucros terão queda de 44% no terceiro semestre. Os países do Leste Asiático fecharam nesta sexta-feira um acordo para a criação de um fundo de US$ 80 bilhões até meados de 2009, a fim de combater a crise econômica global. O acordo foi fechado num café da manhã entre os líderes da Coréia do Sul, da China, do Japão e dos 10 países-membros da Associação de Países do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês), segundo informou o porta-voz do presidente sul-coreano, Lee Myung-bak. Além do fundo, o pacto contempla também o estabelecimento de uma organização independente para a supervisão do mercado financeiro regional.

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