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Bolsas européias revertem tendência e operam em queda

Principais índices europeus recuam; setor bancário da Grã-Bretanha é mais atingido.

Por Da BBC Brasil
Atualização:

Em uma demonstração de volatilidade, os mercados financeiros da Europa reverteram a tendência de alta e operam em queda nesta quarta-feira, apesar do corte dos juros nos Estados Unidos. No meio da manhã, o índice DAX da Bolsa de Frankfurt e o índice CAC 40 da Bolsa de Paris registravam quedas de cerca de 0,6%, enquanto o FTSE 100 medido em Londres recuava 0,75%. As ações dos bancos britânicos eram as mais atingidas - os papéis do Halifax Bank of Scotland (HBOS) chegaram a cair 17% antes de se recuperar em seguida, e as perdas do Royal Bank of Scotland e do Alliance and Leicester superavam 5%. Analistas advertem que a volatilidade deve continuar nos próximos dias ou semanas, porque ainda permanece incerto o alcance da crise no setor bancário americano originada com os empréstimos de alto risco (do tipo subprime). Na terça-feira, após o fechamento do mercado europeu, o Federal Reserve, o banco central americano, anunciou um corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, para 2,25% ao ano, o que injetou ânimo nos mercados. A Bolsa de Nova York fechou com alta de 3,51% na terça-feira - a maior em um só dia em mais de cinco anos - e os principais indicadores asiáticos registraram ganhos no dia seguinte. Nesta quarta-feira, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em alta de 2,5% e o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 2,3%. As Bolsas de Xangai, na China, Mumbai, na Índia, e Seul, na Coréia do Sul, registraram altas de cerca de 2%. Na Austrália, a alta no mercado de ações foi de 4%. Corte de juros O corte de juros da terça-feira foi o segundo deste mês. Desde setembro, o Fed já promoveu cortes equivalentes a três pontos percentuais para tentar evitar uma recessão nos Estados Unidos. A medida teve como objetivo tentar conter a desaceleração econômica, acalmar os mercados e restaurar a confiança dos consumidores do país. A fim de evitar convulsões no setor financeiro, o Fed tem adotado medidas que não eram colocadas em prática desde o período da Grande Depresssão, durante a década de 1930. O pânico do início da semana foi provocado pela venda de emergência do banco Bear Stearns ao JP Morgan, com a ajuda do Fed, para evitar a quebra da instituição. Os investidores temem que outros bancos americanos também possam registrar grandes perdas e fiquem ameaçados por conta dos empréstimos de risco que fizeram. Na terça-feira, os investidores gostaram de saber que os bancos Goldman Sachs e Lehman Brothers não confirmaram, em seus balanços trimestrais, as previsões de lucro pessimistas que o mercado calculava. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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