PUBLICIDADE

Bolsas no mundo desabam com provável guerra

Mais um dia difícil nas bolsas do mundo inteiro. As fortes quedas continuaram, já que a guerra apavora os investidores. as conseqüências para o Brasil serão graves e o BC voltou a intervir no câmbio. O dólar comercial para venda subiu para R$ 2,6750, os juros do DI a termo de um ano subiram para 25,120% ao ano e a Bovespa caiu 2,64%.

Por Agencia Estado
Atualização:

Não são só os Estados Unidos e o Afeganistão que se preparam para a guerra. Os mercados reagem com muito pessimismo, e as bolsas no mundo inteiro não param de registrar resultados negativos. Na Ásia, mesmo que as quedas de hoje tenham sido mais moderados, os principais mercados acumulam fortes baixas na semana: Cingapura (10,6%), Seul (10,8%), Hong Kong (7,3%). Hoje, a bolsa de Tóquio caiu 3%. Na Europa, as bolsas, normalmente mais estáveis continuam caindo com força. Veja alguns resultados dessa sexta-feira: Londres (3,80%), Frankfurt (6,29%), Paris (5%) e Madri (5,82%). No Brasil, o Banco Central voltou a intervir para conter a alta do dólar. Na segunda-feira, devem reabrir as bolsas de Nova York, fechadas desde terça-feira passada, e os investidores temem o tamanho do tombo. Não há dúvidas de que a economia norte-americana entrará em recessão, agravada pela guerra. A própria ação militar é uma incógnita e, portanto, é difícil calcular seus efeitos. Certamente a situação fica muito complicada para o Brasil e para a Argentina, pois o fluxo de recursos para países emergentes deve se reduzir significativamente. Além disso, será mais difícil exportar para mercados em retração. Como ambos são muito dependentes de recursos externos para financiar suas contas externas, as conseqüências serão graves. O agravamento da situação argentina trará mais instabilidade aos mercados brasileiros. E, para a Argentina, há dois problemas adicionais. A desvalorização do real, moeda do seu principal parceiro comercial dificulta ainda mais a retomada econômica. Além disso, o país contraiu empréstimo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) como objetivo de ganhar tempo para que o déficit nas contas públicas seja zerado e renegociar a dívida externa. Agora, certamente os cortes no orçamento deverão ser mais profundos e não há condições de negociação com o Tesouro norte-americano, cuja única prioridade é a guerra. Fechamento dos mercados O dólar comercial para venda fechou em R$ 2,6750, com alta de 0,56%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 25,120% ao ano, frente a 24,600% ao ano ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 2,64%. O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires fechou em alta de 0,35%. Nos Estados Unidos, o mercado acionário será reaberto na segunda-feira. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.