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Bolsas nos EUA refletem preocupação com petróleo

Por Agencia Estado
Atualização:

A contínua escalada do petróleo, que renovou pelo quarto dia consecutivo sua máxima histórica na New York Mercantile Exchange (Nymex), deve manter os investidores na retaguarda na abertura dos negócios no mercado financeiro norte-americano. O mercado deve ser limitado ainda pelos dados sobre a indústria nos EUA e sobre a atividade no setor de serviços, que serão divulgados ainda na manhã de hoje. Às 10h54, o índice Dow Jones ? que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York ? opera em queda de 0,36%. A Nasdaq ? bolsa que negocia ações do setor de tecnologia e Internet ? está em baixa de 0,41%. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera baixa de 0,21% Problema do petróleo O diretor-executivo para Commodities do Morgan Stanley em Nova York, Boris Shrayer, disse que a oferta do petróleo está reduzida em todo o mundo, o que significa que é difícil prever exatamente o quanto os preços vão subir. Muitos analistas acreditam que o peço do produto ainda não atingiu seu máximo, embora as estimativas variem, a maior parte delas gira em torno de um limite de US$ 45 a US$ 50 o barril. Na manhã de hoje, o petróleo bateu novo recorde de preço (veja mais informações no link abaixo). Apesar de ter definido os preços como "loucos", Purnomo admitiu que o cartel não pode fazer muito, por ter chegado praticamente ao limite de sua capacidade produtiva. "Atualmente, não podemos aumentar a oferta." A crise da petrolífera russa Yukos, à qual é atribuída em grande parte a recente alta dos preços, preocupa também a Opep, segundo seu presidente, pois nenhum país estaria hoje em condições de compensar um corte da produção. Há duas semanas ele já tinha advertido que a Opep estava chegando ao máximo de sua capacidade ao produzir 27,5 milhões de barris diários. Essa quantidade supera a cota oficial de produção, de 26 milhões de barris diários. Só para a Arábia Saudita, a maior exportadora mundial de petróleo, resta uma capacidade adicional de produção, mas o país precisa de tempo para aumentar seu fornecimento, disse Purnomo. Nervosismo e preocupação O vice-presidente da consultoria internacional de energia Purvin & Gertz, Kenneth Miller destacou que o fato de haver pequena capacidade ociosa para compensar qualquer interrupção no suprimento vem contribuindo para sustentar o nervosismo e a especulação. "Se, por problemas políticos, por exemplo, a Venezuela sair do mercado, como aconteceu com a última greve, a Opep não teria condições hoje de suprir a falta do petróleo venezuelano no mercado. Ou seja, qualquer impacto negativo mais forte num grande país produtor tem um efeito significativo nos preços, como vem ocorrendo com a situação da gigante russa Yukos."

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