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Bolsonaro cancela viagem e convoca ministros para reunião em meio a discussões sobre combustíveis

De acordo com a agenda oficial do presidente, divulgada nesta noite, estarão na reunião os ministros Paulo Guedes (Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Ciro Nogueira (Casa Civil)

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Por Eduardo Gayer
Atualização:

Brasília - Em meio às discussões no governo sobre qual a fórmula a ser adotada para evitar o repasse do aumento do petróleo no mercado internacional às bombas de combustíveis no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou reunião com ministros para as 11 horas desta quarta-feira, 9, no Palácio do Planalto. Com isso, Bolsonaro decidiu cancelar sua agenda em Duque de Caxias (RJ).

De acordo com a agenda oficial do presidente, divulgada nesta noite, estarão na reunião os ministros Paulo Guedes (Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Ciro Nogueira (Casa Civil). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também deve participar.

Bolsonaro decidiu cancelar sua agenda em Duque de Caxias (RJ) para se reunir com ministros nesta quarta-feira, 9. Foto: Foto: Gabriela Biló/Estadão - 10/2/2022

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A mudança repentina de planos de Bolsonaro ocorre após Guedes, Ciro e Bento não chegarem a consenso em reunião de hoje sobre qual é a melhor forma de evitar um reajuste acentuado nos preços dos combustíveis. Enquanto a ala política segue em defesa de um subsídio temporário, a Economia prefere mudanças estruturais na tributação, como rever a cobrança de ICMS por Estados.

Fiel da balança em casos de divergências na Esplanada, Bolsonaro não participou da agenda de hoje com os ministros, apesar de a questão dos combustíveis ser considerada um grande problema para o governo. No mesmo horário, o presidente estava reunido com lideranças evangélicas no Palácio da Alvorada.

Até o momento, todas as opções seguem sobre a mesa, de acordo com técnicos e ministros que participaram das tratativas ocorridas mais cedo. O petróleo está em escalada no exterior por conta da guerra na Ucrânia e das sanções econômicas aplicadas à Rússia.

Nesta semana, Bolsonaro reiterou críticas à política de preços da Petrobras, que firma paridade entre reajustes do petróleo no mercado internacional e alterações de preço nos combustíveis no País.