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Bolsonaro diz que Brasil e EUA estão preocupados com possíveis 'armadilhas' no acordo Mercosul-UE

Presidente, que se encontrou nesta quarta-feira com o secretário de comércios americano, Wilbur Ross, disse que o comércio entre os dois países 'está muito fraco'

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Por Julia Lindner
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro falou nesta tarde que o encontro com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, foi "excelente" e que conversaram sobre um possível acordo de livre-comércio. Ele também admitiu que há um receio por parte dos EUA sobre supostas "armadilhas" no acordo entre o bloco sul-americano e a Europa, que poderiam inviabilizar as negociações com os americanos. "Eu acho que todo mundo está preocupado com algumas armadilhas. Todo mundo está preocupado com isso daí. Que talvez no acordo do Mercosul (com a UE) possa ter algum problema assinar algum acordo com os EUA", disse após cerimônia de troca da guarda presidencial no Palácio do Planalto.

O presidente Jair Bolsonaro e o secretário de comércioWilbur Ross, durante encontro no Palácio do Planalto Foto: Marcos Correa/ Presidência/AFP

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Bolsonaro disse que essa é uma questão que envolve a inteligência do governo para identificar se há, de fato, armadilhas no acordo Mercosul-UE. "Parto do princípio que não haja", declarou. Ele afirmou que Ross falou do "interesse" dos EUA no Brasil e seguiu a linha do que Bolsonaro já discutiu anteriormente com o presidente dos EUA, Donald Trump. Bolsonaro considera que o comércio entre Brasil e EUA "está muito fraco", levando em conta o tamanho dos dois países. O presidente também disse que outros países têm procurado o Brasil para eventuais acordos, entre eles Japão, Coreia do Sul e Bolívia. Na terça-feira, 30, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que vai trabalhar por um acordo de livre comércio com o Brasil. O secretário de Comércio Exterior brasileiro, Marcos Troyjo, disse ao Estadão/Broadcast que o Brasil vai buscar o acordo mais “ambicioso e abrangente” possível com os norte-americanos.

Twitter

Pelo Twitter, o presidente afirmou que os dois países "estão em enorme sintonia" e que a maior proximidade será benéfica a americanos e brasileiros. "Recebi hoje o Secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross. Discutimos formas de aumentar a cooperação, o comércio e os investimentos entre nossos países, que estão em enorme sintonia. A aproximação entre Brasil e EUA trará grandes benefícios para nossos povos", escreveu Bolsonaro.

Paulo Guedes

Após se reunir com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que os dois países iniciaram as bases para a negociação de um acordo comercial. “Estamos oficialmente começando negociações com os Estados Unidos”, afirmou. Guedes disse que a proximidade dos presidentes dos dois países é “um convite à aproximação comercial” que o Brasil está procurando se integrar à economia mundial. “Eles manifestaram interesse em maior integração. Ficamos décadas fora de grandes acordos comerciais”, afirmou.

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