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Bolsonaro diz que deu sinal verde para se estudar a privatização dos Correios

O presidente admitiu também que o governo pode caminhar para a privatização mais ampla da Petrobrás

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Por Andreza Matais
Atualização:

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 25, que já deu sinal verde para que sejam feitos estudos para a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). "Dei sinal verde para estudar a privatização dos Correios. Tem que rememorar para o povo o fundo de pensão, que a empresas foi o foco de corrupção com o mensalão", afirmou o presidente em café da manhã com jornalistas, para o qual o Estado de S.Paulo foi convidado.

A privatização dos Correios está nos planos do governo para enxugar a máquina pública. A estatal tem mais de 100 mil funcionários e acumula prejuízos nos últimos anos. Apesar disso, o Ministério da Ciência e Tecnologia, comandado por Marcos Pontes, tem defendido maior reflexão sobre a estratégia para as empresas que estão sob sua tutela, incluindo os Correios.

Privatização dos Correios está nos planos do governo de Jair Bolsonaropara enxugar a máquina pública. Foto: REUTERS/Adriano Machado

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Em recente entrevista ao Estado, Pontes disse que não é contra o programa de privatização, mas defende que a decisão seja baseada em fatos, números e um plano de negócios bem estruturado, que leve em conta as necessidades estratégicas do País, o retorno para o governo e principalmente a garantia dos direitos dos servidores.

Petrobrás

O presidente Jair Bolsonaro admitiu também que o governo pode "caminhar para a privatização mais ampla da Petrobrás". "Temos refinarias, vamos dar um passo de cada vez. Pode-se caminhar para a privatização mais ampla da Petrobrás", afirmou também durante o café da manhã. Na semana passada, em entrevista à GloboNews, o ministro da Economia, Paulo Guedes, insinuou que o presidente Bolsonaro o tem questionado sobre uma eventual privatização da estatal.

Além disso, Bolsonaro falou sobre os preços dos combustíveis no País e atribuiu a alta ao ICMS, cobrado pelos Estados. "O grande problema (do preço do combustível) é o ICMS, mas a pancada quem leva é o governo federal. Os Estados são os grandes vilões do preço do combustível. O Rio Grande do Sul vai reduzir o preço do ICMS? Tem avião que chega com tanque vazio em São Paulo", disse.

Liberdade econômica

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Bolsonaro disse ainda que a Medida Provisória da liberdade econômica está pronta e deve sair nos próximos dias. A MP, já anunciada pelo governo, terá como objetivo desburocratizar e reduzir custos, destravando a economia e tirando amarras das empresas para fazer negócios. "Ninguém vai votar contra isso. Ela (MP) simplifica, desburocratiza, tira o governo do cangote do cidadão. Deve sair na próxima semana", afirmou o presidente. Bolsonaro também anunciou que o governo enviará ao Congresso um projeto de lei sobre agentes financeiros dos municípios. "Quem emprestava dinheiro como agiota vai ter que declarar", disse o presidente, sem detalhar o teor do projeto.

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