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Bolsonaro diz que imposto defendido por Guedes é diferente da CPMF

'A proposta de Guedes visa desonerar a folha de pagamento', disse Bolsonaro a apoiadores reunidos em frente ao Palácio da Alvorada neste sábado

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Por Eduardo Gayer
Atualização:

O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado que o imposto sobre transações financeiras proposto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, não é igual à antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, a CPMF. “A proposta de Guedes visa desonerar a folha de pagamento”, disse Bolsonaro a apoiadores reunidos em frente ao Palácio da Alvorada.

O tema do novo imposto, defendido por Guedes, voltou a ganhar importância com o retorno das discussões sobre a reforma tributária. A equipe econômica prevê enviar seu projeto ao Congresso na próxima terça-feira.

Jair Bolsonaro conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada neste sábado, 18 Foto: Gabriela Biló/Estadão

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Na quinta-feira, 16, durante o evento Expert XP, Guedes falou sobre o tema e fez questão de ressaltar que um novo imposto sobre transações financeiras não é uma CPMF com outro nome. "Se disserem que não querem a CPMF, estaremos de acordo, pois não é a CPMF. Não é o mesmo imposto com outro nome, é uma base mais ampla", disse. 

Mas a criação do imposto provoca fortes reações contrárias. Também na quinta-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou ser contra a recriação de um tributo semelhante à CPMF. "Não há espaço para debater uma nova CPMF. Nossa carga tributária é alta demais, e a sociedade não admite novos impostos", escreveu Maia no Twitter.

Cerimônia

Contaminado pelo novo coronavírus, o presidente conversou com apoiadores no fim da tarde deste sábado após cerimônia de hasteamento da bandeira. Ele usava máscara e estava ao lado da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). “Vamos apoiar as reformas e colocar o país nos trilhos de novo”, disse a parlamentar.

Bolsonaro ainda disse que o governo federal não deixou faltarem recursos para que Estados e municípios combaterem a pandemia. Ele reiterou que o Brasil deve “voltar a trabalhar” e que as medidas de isolamento social não têm eficácia no controle da covid-19. “Miséria e depressão matam mais que coronavírus”, disse o presidente aos apoiadores.

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