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Bolsonaro diz que quer manter vinculação entre salário mínimo e aposentadorias

Em conversa com jornalistas no Palácio do Alvorada, presidente disse que pretende manter o mesmo porcentual de correção, 'no mínimo'

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Por Redação
Atualização:

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro afirmou que pretende manter a vinculação entre o salário mínimo e as aposentadorias. Em conversa com jornalistas no Palácio do Alvorada, antes de participar da Marcha para Jesus, em Brasília, ele disse que pretende manter o mesmo porcentual de correção, "no mínimo".

"Eu pretendo é que o aposentado siga o mesmo porcentual, no mínimo. Não podemos deixar cada vez mais o aposentado para trás. Isso é o que eu tenho a falar. No tocante a números, tem que conversar com a equipe econômica", disse ele, ao ser questionado sobre se pretendia dar aumento real ao salário mínimo durante seu governo.

Jair Bolsonaro na Marcha para Jesus, em Brasília, sob forte esquema de segurança. O presidente usavacolete e escudos àprova de balas. Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Na quinta-feira (8), a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020. Na proposta, que ainda precisa ser votada em plenário, o salário mínimo foi corrigido apenas pela inflação, sem aumento real - dos atuais R$ 998 para R$ 1.040 no próximo ano.

A LDO é o texto que dá base ao governo na elaboração do Orçamento do próximo ano. A equipe econômica ainda pode para fazer mudanças, mas há pouco tempo, pois a Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) deve ser apresentada pelo Executivo ao Parlamento até o dia 31 de agosto.

A equipe econômica já avisou que a PLOA vai prever a manutenção do poder de compra do salário mínimo - ou seja, a correção apenas pela inflação, sem aumento real.

Segundo o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior, o governo tem até dezembro para definir a nova política do salário mínimo. A lei atual, que vence neste ano, prevê a correção do piso salarial pela inflação do ano anterior (medida pelo INPC), mais a variação do PIB de dois anos antes.

O presidente disse ainda que a menção que fez ontem, recomendando aos repórteres que fizessem “cocô dia sim, dia não” para preservar o meio ambiente, foi uma “brincadeira” que a imprensa “levou a sério”.

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“Eu fiz uma brincadeira: para a gente defender o meio ambiente, vamos um dia no banheiro outro dia não. Um dia faz cocô, outro não faz. Levaram pro lado sério! Vou fazer uma coisa: cocô agora uma vez por semana, tá bom?”, disse Bolsonaro. “Não se pode brincar mais, vou continuar brincando.”

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