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Governo antecipa volta da cobrança do IOF para bancar isenção de conta de luz no Amapá

O presidente Jair Bolsonaro assinou medida provisória que isenta os moradores do Estado do pagamento da conta de luz, depois do apagão de 21 dias

Foto do author Marlla Sabino
Por Marlla Sabino
Atualização:

BRASÍLIA - A Secretaria-Geral da Presidência informou que o presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quarta-feira, 25, uma medida provisória (MP) que isenta os moradores do Amapá do pagamento da conta de luz, conforme antecipou o Estadão/Broadcast. Segundo o Palácio do Planalto, a isenção vale para os 30 dias anteriores à data da publicação da MP.

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Para bancar o benefício aos moradores do Amapá e não aumentar a conta de luz dos consumidores dos outros Estados, o governo editou crédito extraordinário para bancar a isenção, via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Como compensação, antecipou em um mês o fim da isenção da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operações de crédito, seguro e câmbio.

O Estado enfrentou 21 dias de apagão causado pelo incêndio em um transformador da empresa Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE). O fornecimento de energia só foi retomado na terça-feira, 24.

Medida foi assinada por Bolsonaroem resposta ao incêndio que deixou o Amapá sem luz. Foto: Alan Santos/PR

A assinatura aconteceu em uma cerimônia fechada à imprensa, na Base Aérea de Brasília, na qual estavam presentes algumas autoridades, entre as quais o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

"Com isso, busca-se proteger os consumidores do Estado, sem causar prejuízo que inviabilize a companhia. Ao mesmo tempo, permite-se que todas as demais medidas sejam tomadas para apurar responsabilização decorrente de eventual exploração inadequada do serviço público de fornecimento de energia elétrica", acrescentou a pasta.

Medidas provisórias têm força de lei assim que publicadas no Diário Oficial da União. Precisam, no entanto, ser aprovadas pelo Congresso Nacional para se tornar leis em definitivo. O governo também permitiu ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) antecipar os pagamentos de benefícios previdenciários (aposentadorias e pensões) e assistenciais (BPC) para os moradores do Amapá.

De acordo com a Secretaria-Geral, Bolsonaro editou uma segunda MP para abrir crédito extraordinário de R$ 80 milhões para o Ministério de Minas e Energia. Esse montante, informou o Planalto, permitirá a transferência dos recursos para a Conta de Desenvolvimento Energético.

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"O valor será ressarcido por recursos da própria União e não onerará os consumidores ou as contas de luz dos demais Estados. Para isso, será aberto um crédito extraordinário, sendo o aumento de despesa compensado com o fim da isenção do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que vigoraria até o final do ano", informou a pasta.

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