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Bolsonaro fala em propor proibir cobrança de ICMS sobre taxa extra na conta de luz

Imposto é cobrado pelos Estados sobre o preço final da energia incluindo os valores da bandeira tarifária

Foto do author Marlla Sabino
Foto do author Eduardo Rodrigues
Por Marlla Sabino , Eduardo Rodrigues e Gustavo Côrtes
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro sugeriu nesta quarta-feira, 11, estudos para elaboração de uma proposta para proibir que governadores cobrem ICMS sobre as taxas das bandeiras tarifárias embutidas nas contas de luz. Durante evento de assinatura da medida provisória que permite a venda direta de etanol para postos, no Palácio do Planalto, o presidente afirmou que “paga a conta” por causa da cobrança estadual.

A cobrança do ICMS é feita pelos Estados sobre o preço da energia. Com a aplicação de uma taxa adicional, referente à bandeira, o imposto é cobrado sobre o preço final da conta de luz de cada consumidor. 

Bolsonarosugeriu estudos para elaboração de uma proposta para proibir que governadores cobrem ICMS sobre as taxas das bandeiras tarifárias. Foto: Adriano Machado/Reuters - 9/8/2021

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“Os governadores cobram ICMS em cima da bandeira. Quem paga a conta disso? Sou eu. A verdade é que liberta nosso povo. Talvez Bento (Albuquerque), estudar com o Ciro (Nogueira), que é nosso grande articulador junto com a Flávia (Arruda), uma proposta nesse sentido, que desobrigue, que não seja permitido cobrar ICMS em cima da bandeira no caso da energia elétrica”, afirmou.

Por causa da grave crise hídrica que o País enfrenta, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira vermelha em seu segundo patamar nos últimos três meses. O patamar, o mais caro do sistema de bandeiras, determina uma cobrança adicional de R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. 

 

Bolsonaro afirmou que a cobrança adicional tem sido aplicada para arcar com os custos da geração de energia térmica, mais cara do que a produzida nas hidrelétricas. Segundo ele, há hidrelétricas na iminência de operar a fio d'água.

“A gente é obrigado a botar bandeira vermelha, que cobra um pouco mais do preço da energia elétrica na ponta da linha. Não é maldade da nossa parte, não é para castigar o consumidor, é para pagar uma outra fonte de energia, no caso a termelétrica, que é muito mais cara do que vem da água”, disse.