O dólar fechou em queda nesta segunda-feira, acompanhando o bom humor da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e os movimentos do mercado de câmbio no cenário externo. A moeda norte-americana caiu 0,63%, para R$ 1,579, a menor cotação desde janeiro de 1999. Veja também: Petrobras, Vale e siderúrgicas comandam alta da Bovespa Segundo Mario Battistel, gerente da Fair Corretora, o mercado seguiu a Bolsa paulista, cujo principal índice subia 1,5% nesta tarde. "E também estamos acompanhando lá fora, onde todas as moedas estão ganhando frente ao dólar", acrescentou Battistel. Às 16h15, o dólar recuava 0,3% frente a uma cesta com as principais moedas globais, com o contínuo temor de investidores sobre o setor financeiro norte-americano. Os índices acionários norte-americanos operavam no vermelho. Battistel ponderou que, apesar da queda nesta sessão, o dólar está se aproximando "de um ponto de equilíbrio". "O diferencial entre as taxas de juros deve elevar a arbitragem. Mas, quanto mais cai o dólar, pior fica o saldo da balança comercial", citou o gerente, lembrando que na quarta-feira o Comitê de Política Monetária (Copom) irá divulgar sua decisão sobre a taxa Selic. O mercado espera que o Banco Central irá elevar a taxa básica, mas os analistas estão divididos sobre um aumento de 0,50 ou de 0,75 ponto percentual. Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora de Câmbio, avaliou em relatório que o dólar pode voltar a buscar o patamar de R$ 1,60 nos próximos dias, "visto que deve ocorrer um aumento de demanda decorrente de remessas de juros sobre capital e dividendos com a proximidade do final do mês". Na última quarta-feira, o BC mostrou que o fluxo cambial nas duas primeiras semanas de julho apresentou déficit de US$ 828 milhões. Os dados mostraram queda no saldo das operações financeiras e também nas comerciais. Na última hora de negócios, o BC realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista e definiu taxa de corte a R$ 1,5805.