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Bônus do Brasil têm giro de US$ 3 bi ao dia no exterior

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Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
Atualização:

O giro diário dos bônus externos corporativos e soberanos brasileiros no mercado secundário internacional está em torno de US$ 3 bilhões, o que é um forte atrativo para a negociação desses papéis no exterior, especialmente os emitidos por empresas, já que localmente o mercado secundário tem liquidez bastante reduzida, disse o administrador de carteira do Bradesco Asset Management, Clayton Rodrigues. O estoque total de bônus brasileiros no exterior supera US$ 100 bilhões. Só para comparação, o volume de negócios com debêntures em todo o mês de março foi de R$ 4,1 bilhões, equivalente a US$ 2 bilhões, de acordo com o boletim da Anbima.No terceiro dia do Brasil Investment Summit, que acontece esta semana em São Paulo, Rodrigues afirmou que a diversidade de vencimentos e nomes entre os bônus corporativos brasileiros favorece a liquidez desses papéis no exterior. Ele observou ainda que os papéis de 10 anos de empresas com classificação de risco BBB oferecem um retorno ao investidor em torno de 5,5%, enquanto os bônus com rating BB têm retorno de 8% e os bônus com rating inferior a BB, de 10% a 14%.Clayton observou que o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os investimentos de estrangeiros no Brasil diminuiu a vantagem de negociação desses títulos localmente, em termos de retorno. Os bônus soberanos em reais de 10 anos, por exemplo, normalmente têm uma remuneração de cerca de 200 pontos-base inferior à remuneração do título do Tesouro negociado localmente. Segundo ele, essa diferença equivale ao custo de operar localmente, em grande parte formado pelo imposto.O Bradesco Asset Management tem dois fundos para estrangeiros com bônus em reais e em dólares, com patrimônio de US$ 40 milhões e US$ 70 milhões, respectivamente. A asset está também preparando um fundo para investimento em debêntures e recebíveis de infraestrutura, aproveitando o incentivo criado no ano passado para investimento estrangeiro.

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