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Boston prevê alta de juros nos EUA

Henrique Meirelles, presidente mundial do BankBoston, acredita que a desaceleração da economia nos Estados Unidos ainda não está confirmada. O FED deve adotar uma posição conservadora e elevar os juros.

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado internacional traça perspectivas com relação à política adotada pelo FED para a manutenção ou aumento da taxa de juros norte-americanos, mas nenhuma conclusão pode ser tomada com relação ao futuro. A economia dos EUA vem apresentando sinais de desaquecimento, os quais podem ser visualizados nos dados divulgados nessa semana. Segundo o Livro Bege - relatório que é publicado mensalmente e relata as condições econômicas do país - , apenas o Estado norte-americano de Minneapolis não registrou sinais de desaceleração econômica. O CPI, índice de preços ao consumidor norte-americano, divulgado na última quarta-feira, apresentou uma elevação de 0,1%. O índice ficou abaixo do esperado pelos analistas, que era de 0,2%, revelando mais um sintoma de resfriamento da economia. Esses seriam motivos para que o Fed não promovesse um aumento na taxa de juros. O outro lado da moeda Mas existem opiniões contrárias. O presidente mundial do BankBoston, Henrique Meirelles, considera que não há sinais claros de que a economia americana esteja mais contida. Por isso, haveria espaço para que o FED decidisse por um novo aumento na taxa básica de juros. O executivo disse que acredita que os juros norte-americanos podem subir entre 0,25 a 0,50 ponto percentual. A principal aposta de Meirelles é de um aumento de 0,25%. No entanto, ele ressalva que, no ponto em que os indicadores estão neste momento, se surgir uma indicação de tendência de aceleração no crescimento econômico, o aumento pode chegar até meio ponto. A influência do petróleo Na opinião do presidente do BankBoston, o aumento nos preços do petróleo não vai influenciar negativamente a economia dos Estados Unidos. "O petróleo, de acordo com alguns indicadores, tinha uma influência sobre 60% da economia americana até alguns anos atrás", afirma. De acordo com Meirelles, um aumento no custo do petróleo tinha um impacto inflacionário muito forte. Isso decresceu muito, e hoje está abaixo de 30%. Ele acredita que a economia hoje, a norte-americana particularmente, pode viver com preços de petróleo mais altos.

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