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Bovespa abre o dia em alta, mas fechamento depende do Fed

Mercado externo tem clima positivo, puxando a Bolsa de São Paulo; decisão sobre juros nos EUA sai à tarde

Por Patricia Lara e da Agência Estado
Atualização:

Os sinais de inflação controlada no atacado nos Estados Unidos e uma leitura inicial positiva do balanço do Lehman Brothers animam os mercados acionários no exterior nesta terça-feira, 18, dia em que sai a decisão crucial de política monetária do Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc).   Mantendo correlação total com o humor externo, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve acompanhar com sincronia os passos no exterior. Já na abertura, às 10h10, o principal índice da Bolsa já subia 1,26%, operando acima dos 55 mil pontos. O dólar, por sua vez, caía 0,78%, cotado a R$ 1,906.   Mas ninguém arrisca projetar como será o encerramento do dia. Tudo dependerá da decisão do Fomc, às 15h15 (Brasília), e do tom de seu comunicado, que será divulgado simultaneamente. Assim como os mercados ao redor do mundo, a Bovespa já teria embutido no preço a expectativa majoritária de queda de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juro nos EUA.   No entanto, há divergências quanto à possível reação da bolsa a uma eventual confirmação de corte nessa proporção. Para alguns, a Ibovespa ainda poderia ganhar ímpeto adicional.   Há ainda um grupo defendendo corte de 0,50 ponto porcentual ou uma operação casada, com corte na taxa básica de juros e redução na taxa de juros da linha de redesconto do Fed. Caso as autoridades optem por não agir agora, os níveis de preços deverão sofrer um ajuste substancial.   O índice PPI de agosto, por sua vez, foi visto como um sinal benigno de inflação nos EUA. O índice de preços do atacado norte-americano caiu 1,4%, refletindo a mais profunda desaceleração dos preços de energia em quatro anos e também retração nos preços dos alimentos pelo quarto mês seguido. O núcleo do PPI, que exclui variação dos preços de energia e alimentos, subiu 0,2%, depois de avançar 0,1% em julho. A estimativa era de queda de 0,3% do índice cheio e aumento de 0,1% do núcleo.   Mas a queda dos preços da energia não deve se repetir no futuro. O petróleo renovou nesta terça seu recorde, ao bater em US$ 81,24 mais cedo, na Nymex eletrônica. Às 9h52, o contrato do WTI para outubro subia 0,16%, a US$ 80,70 por barril. O níquel para três meses subia 0,3%, na London Metal Exchange.   Bancos   Os bancos podem ter um dia de alívio, repercutindo o balanço do Lehman Brothers. O banco registrou queda de 3% em seu lucro líquido para US$ 887 milhões, ou US$ 1,54 por ação, mas o resultado ficou acima do US$ 1,47 previsto por analistas, no terceiro trimestre. O banco registrou receita líquida recorde na área de gerenciamento de investimentos e a segunda maior receita líquida nos setores de banco de investimentos e mercados de capital.

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