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Bovespa acumula alta de 82,66% em 2009

Bolsa brasileira foi a que teve o melhor desempenho no mundo inteiro

Por Luciana Xavier e da Agência Estado
Atualização:

A Bovespa operou em leve baixa ao longo de quase toda a quarta-feira, 30, acompanhando as bolsas internacionais, mas ganhou impulso e virou para alta no meio da tarde, acelerando os ganhos na reta final do pregão.

 

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Assim, a bolsa paulista fechou 2009 com chave de ouro, no azul, tendo acumulado alta de 82,66% no ano e recuperado praticamente todas as perdas trazidas pela pior crise financeira global em quase oito décadas. "A expectativa para 2010 é positiva. Não há motivo para pensar em viés negativo", disse um operador.Neste último pregão, o Ibovespa fechou na máxima do dia, aos 68.588,41 pontos, em alta de 0,43%. O giro financeiro foi melhor do que o esperado e somou R$ 4,88 bilhões. A mínima foi de 67.748,99 pontos.

 

No melhor momento de sua história, em maio de 2008, a bolsa paulista chegou a ultrapassar os 73 mil pontos. Depois do naufrágio do Lehman Brothers, o índice do mercado acionário brasileiro foi ao fundo do poço atingindo ao redor de 29 mil pontos, em outubro do ano passado, e começou este ano cercado por projeções sombrias. No menor fechamento de 2009, em março, registrou 36.234,60 pontos.

 

O País teve ainda a maior oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do mundo, a da filial do

banco espanhol Santander. A operação foi também a maior da história brasileira, com giro financeiro

de R$ 14,1 bilhões, com 600 milhões de units (certificados compostos por ações ordinárias e

preferenciais) que começaram a ser negociados em 7 de outubro. E ficou em terceiro lugar em volume

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de IPOs no mundo, ficando atrás apenas de China e Estados Unidos, segundo a consultoria Ernst &

Young.

 

Hoje, com agenda fraca no Brasil e no exterior, o destaque foi a divulgação da terceira e definitiva

prévia do Ibovespa, que entra em vigor a partir de segunda-feira (dia 4 de janeiro) com validade até o

fim de abril de 2010. Antes da abertura dos negócios, foi divulgada a terceira e definitiva prévia do índice à vista, que confirmou a entrada de mais duas empresas do grupo do empresário Eike Batista, OGX e LLX, além de trazer o ingresso das construtoras MRV e PDG Realty.

 

Com isso, o Ibovespa passa a contar com 63 ações a partir do próximo mês até abril. As ações

dessas empresas estiveram entre as mais negociadas do dia. As ações da MRV subiram 3,07%, as da PDG, +0,58%, as da OGX, +1,18% e as da LLX, +2,95%. As ações mais negociadas hoje foram da Laep, que subiram 15,97%%.

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As ações que deixaram a carteira do Ibovespa hoje tiveram direções opostas. Celesc PNB liderou as

perdas do dia (-2,96%), mas Comgás PNA subiu 1,46% e a Brasil Telecom ON ganhou 0,70%.

As maiores altas foram Net (+4,80%); B2W (+4,25%) e Redecard (+4,13%). Na lista de perdas

figuraram ainda Tam (-2,53%) e Ultrapar (-2,30%).

 

O dia foi morno também nas principais praças financeiras do mundo. Os papéis da Vale PNA perderam 0,94%, os da Petrobrás ON, -1,20% e os da Petrobrás PN, -0,68%.As bolsas europeias caíram depois de terem atingido máximas em 14 meses na sessão anterior.

 

Os bancos apresentaram declínios fortes e a companhia farmacêutica suíça Basilea caiu acentuadamente depois de um revés sobre um medicamento chave. Em nova York, o dia foi de realização de lucros. Às  18h29, o Dow Jones caía 0,14%; o Nasdaq perdia 0,20% e o S&P500, -0,16%.

 

No penúltimo pregão do ano, os contratos futuros de petróleo subiram pela quinta sessão seguida em

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Nova York, depois que o relatório semanal do Departamento de Energia dos EUA apontou um declínio nos estoques de petróleo e derivados para seu menor nível desde março. Contudo, um número cada vez maior de participantes do mercado questiona se este movimento de alta poderá ser sustentado nos primeiros dias de 2010.

 

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de petróleo para fevereiro subiram 0,52% e fecharam a US$ 79,28 por barril. Na ICE Futures, os contratos de petróleo Brent para fevereiro subiram 0,50% e fecharam a US$ 78,03 por barril

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