Publicidade

Bovespa aproveita embalo de NY e volta a fechar em alta

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Com um cenário externo favorável e sem indicadores importantes sobre os rumos da economia norte-americana, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em forte alta nesta terça-feira. O Ibovespa fechou em alta de 1,92 por cento aos 61.805 pontos. Ao longo do dia, a bolsa chegou a superar os 3 por cento de alta. Apesar da perda de fôlego no final do pregão --que teve volume financeiro de 7 bilhões de reais--, esse foi o fechamento mais forte desde 14 de janeiro. Durante a sessão, as bolsas de valores dos Estados Unidos registravam alta à medida que o otimismo com a oferta do megainvestidor Warren Buffett, de resgatar as três maiores seguradoras de bônus, ajudou a valorizar as ações do setor financeiro. No final da tarde, os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 tinha alta de cerca de 1 por cento. "Ainda estamos operando ligados ao cenário externo, mas a ausência de notícias ruins ou indicadores importantes têm dado um certo respiro à bolsa nesta semana", disse um operador que não quis ser identificado. Na Europa, as principais bolsas fecharam em forte alta, também impulsionadas por papéis de financeiras valorizados pela oferta de Buffett. Ele disse estar disposto a usar 800 bilhões de dólares para assumir obrigações de grandes seguradoras. Segundo analistas, o mercado opera com cautela nesta semana e na expectativa do discurso do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, que vai falar diante do Congresso norte-americano na próxima quinta-feira sobre a situação econômica do país. No Brasil, dados positivos divulgados também ajudam no desempenho da Bovespa, como a inflação pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que desacelerou a 0,42 por cento na primeira prévia de fevereiro. "Os dados de inflação apontam que não deve ocorrer uma alta de juros no país a curto prazo e isso anima o mercado", disse o operador. Ainda nesta terça, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, avaliou que a turbulência externa não impedirá o Brasil de acessar o mercado externo este ano e que o governo deve seguir com a política de reabertura de títulos em reais e em dólares. Outro destaque do dia, segundo os analistas, foi o resultado do Itaú, um dos maiores bancos privados do país, registrou lucro líquido recorde de quase 8,5 bilhões de reais em 2007. O resultado supera os números de seu rival de maior porte, o Bradesco, que em janeiro divulgou lucro anual de 8,01 bilhões de reais. Nesta terça-feira, as ações do banco subiram 6,14 por cento, tendo atingido picos de valorização de 8 por cento durante o pregão. Entre os papéis mais negociados, as ações da Petrobras subiram 0,20 por cento, negociadas a 83,34 reais. As ações da Vale tiveram alta de 1,15 por cento, a 47,59 reais. (Por Cláudia Pires)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.