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Bovespa cai 0,7% em sessão com menor giro em 18 meses

Por ALUÍSIO ALVES
Atualização:

Sem a referência de Wall Street, fechado pelo feriado norte-americano de Ação de Graças, o investidor da Bolsa de Valores de São Paulo produziu a sessão mais sonolenta em 18 meses. Depois de oscilar o dia inteiro em torno da estabilidade, o Ibovespa encerrou em baixa de 0,7 por cento, aos 36.212 pontos, quebrando a sequência de três pregões seguidos de forte alta. Restrito às operações de compra e venda com liquidação no mesmo dia --day trade --, o giro financeiro somou tímidos 1,74 bilhão de reais, o mais baixo desde 25 de maio de 2007. "Sem as bolsas de Nova York, o investidor ficou arredio a montar posições mais sólidas na Bovespa", disse Kelly Trentin, analista de mercado da corretora SLW. O mercado buscou indicadores em outras partes do mundo para referenciar as transações. E as notícias não foram nada boas. O índice que mede o sentimento dos negócios na Europa recuou ao menor nível em 15 anos. E o governo chinês estimou que sua economia vai crescer 8 por cento no quarto trimestre, o pior desempenho desde 2005. Esse pano de fundo acabou pesando sobre os preços das commodities, arrastando consigo as blue chips domésticas. Petrobras caiu 2,78 por cento, a 19,95 reais. Vale perdeu 0,94 por cento, cotada a 24,20 reais. Na mão contrária, TIM Participações apareceu entre as líderes de alta pela terceira sessão seguida, disparando 5,9 por cento, para 4,10 reais, em meio a rumores de venda da operadora para a espanhola Telefónica, uma das donas da Vivo. A Telecom Itália, controladora da TIM, admitiu nesta quinta-feira que vai discutir os negócios da companhia no Brasil na próxima semana, mas não está interessada em se desfazer da operação no país. Outra a negar boatos de venda do controle, Sadia também subiu 1,5 por cento, para 3,41 reais. Gerdau, mesmo anunciando que vai adiar um investimento de 524 milhões de dólares para construção de uma siderúrgica na Argentina, não subiu 0,83 por cento, a 14,60 reais. (Reportagem adicional de Filipe Pachedo; Edição de Vanessa Stelzer)

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