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Bovespa cai 1% com preocupação sobre China derrubando ação da Vale

Por PRISCILA JORDÃO
Atualização:

O principal índice da Bovespa caiu pouco mais de 1 por cento nesta segunda-feira, enfrentando resistência técnica e guiado pela Vale, cujas ações preferenciais perderam mais de 3 por cento em dia de queda do preço do minério de ferro na China. O Ibovespa recuou 1,15 por cento, para 53.353 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 8,7 bilhões de reais, inflado pelo exercício de opções sobre ações, que movimentou 3,086 bilhões de reais, segundo a BM&FBovespa. As ações preferenciais da Vale recuaram 3,3 por cento, arrastando para baixo os papéis da Bradespar, que tem participação na mineradora. Dados do mercado imobiliário da China corroboraram temores sobre a desaceleração econômica do principal destino das exportações da Vale, enquanto o preço do minério de ferro caiu abaixo de 100 dólares a tonelada no mercado à vista chinês. Na sexta-feira, o Credit Suisse já havia cortado o preço-alvo do ADR da mineradora por conta das expectativas fracas para o preço do minério. Por sua vez, o Citi divulgou relatório nesta segunda afirmando que o impacto de curto prazo da queda do preço da commodity nos resultados da empresa deve ser substancial e que os dividendos de 2016 estão sob risco na ausência de melhoria operacional. Além de ter sido afetado pela preocupações sobre a China, o Ibovespa tem encontrado resistência técnica nas últimas semanas, o que colaborou para o dia de baixa. "A bolsa está com uma dificuldade muito grande para passar dos 54 mil pontos e não consegue ficar positiva em 12 meses", disse o analista sênior do BB Investimentos, Hamilton Alves. O Ibovespa acumula baixa de cerca de 3,3 por cento nos últimos 12 meses. "Os balanços das principais empresas foram bons, mas as expectativas chegaram no limite. Agora o índice travou nesse patamar", disse Alves, acrescentando que se o índice superar a resistência atual, encontrará outro bloqueio em 56.700 pontos. As ações da Fibria tiveram a maior queda do dia, de 4,69 por cento, após o Goldman Sachs ter rebaixado a recomendação da empresa para "neutra" diante do enfraquecimento das expectativas para o ciclo de preços da celulose e da estabilização do dólar em cerca de 2,20 reais. Na ponta positiva, foram destaques as ações da mineradora MMX e da empresa de educação Estácio Participações.

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