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Bovespa cai mais de 1%, seguindo mercados externos

Realização de lucros é motivada por expectativa com dados de vendas de imóveis que serão divulgados nos EUA

Por Sueli Cmapo e da Agência Estado
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa nesta terça-feira, 25, impulsionada pelo ambiente externo negativo. Às 10h42, o principal índice da Bolsa já caía 1,22%, operando pouco acima dos 58 mil pontos.  No mercado de câmbio, o dólar subia 0,32%, cotado a R$ 1,877. A realização de lucros é motivada pela expectativa com os dados de vendas de imóveis usados e confiança do consumidor que serão divulgados nos EUA às 11 horas. As bolsas norte-americanas são pressionadas ainda pelo resultado desapontador da construtora Lennar no terceiro trimestre e por alerta de resultados das redes varejistas Target e Lowe's. A Bovespa se descolou de Wall Street na segunda-feira e fechou o pregão en alta com pontuação histórica recorde (58.719,4 pontos), recuperando todas as perdas causadas pela crise de crédito originada nos financiamentos de risco (subprime) do setor imobiliário nos EUA. Com isso, o ganho do Ibovespa acumulado neste mês subiu para 7,47%, elevando para 32% a valorização no ano e para 68% nos últimos 12 meses. "Não dá para ficar sempre descolado de Nova York", diz o diretor financeiro da Ágora, Alvaro Bandeira. Para ele, a rápida recuperação do Ibovespa é um sinal de que o pior da crise do "subprime" já ficou lá para trás. Mas isso não significa que acabou a volatilidade. O cenário melhorou com a atuação agressiva do Federal Reserve (Fed, banco central americano) na semana passada, ao baixar o juro básico do país em 0,50 ponto porcentual, mas continua incerto em termos de crescimento econômico dos EUA. Enquanto isso, a Bolsa brasileira estará sujeita à volatilidade. A boa notícia dos últimos dias é a volta do capital estrangeiro. Não só para a Bovespa, mas para os países emergentes em geral. No dia 20, a Bovespa registrou entrada de capital externo de R$ 324,453 milhões, elevando o saldo positivo no mês para R$ 2,197 bilhões. No ano, o saldo negativo caiu para R$ 1,795 bilhão. O recuo nos preços das commodities, metais e petróleo, deve puxar uma realização de lucros nas ações de Vale do Rio Doce e Petrobras nesta terça. A Vale foi o carro-chefe da alta do Ibovespa na segunda. As ações PNA subiram 5,26% e as ON, 4,59%.

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