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Bovespa cai mais de 3%, seguindo mau humor externo

Perdas nesta manhã seguem as baixas das bolsas européias, pressionadas pelo setor financeiro

Por Sueli Cmapo e da Agência Estado
Atualização:

Depois de ter retomado na quarta-feira o nível dos 60 mil, fechando em alta pelo quarto pregão consecutivo, o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), abriu em baixa nesta quinta, seguindo o mau humor externo. Às 11h42, o Ibovespa já caía 3,43%, a 58.223 pontos.   As perdas no começo do pregão desta quinta estão em sintonia com as baixas registradas nas bolsas européias, que voltam a ser pressionadas pelo setor financeiro, sem reagir ao corte de juro nos EUA na quarta de 0,50 ponto porcentual, como era amplamente esperado pelo mercado. O temor, agora, é de que as perdas das seguradoras de bônus possam ameaçar os lucros dos bancos. Às 11h08 (de Brasília), a Bolsa de Londres recuava 1,46% e a de Paris cedia 1,38%.   Nos EUA, os índices futuros de ações operam em baixa mais moderada talvez pelo fato de que ontem fecharam em queda, depois de terem reagido com volatilidade à decisão do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA). A disparada inicial em reação ao esperado corte dos juros de 0,50 ponto porcentual se dispersou pouco antes do fim do pregão e deu lugar a perdas, com as preocupações com a saúde da indústria de seguro de bônus.   A agência de classificação de risco Fitch cortou a nota de crédito (rating) da FGIC para "AA", o que aumentou a especulação de que a MBIA e a Ambac também podem ser rebaixadas. Se os ratings das seguradoras de bônus caírem, os ativos que elas garantem também podem ser rebaixados, o que pode provocar novas baixas contábeis das empresas que detêm estes títulos.   A preocupação foi reforçada esta madrugada, após a MBIA ter informado seu segundo prejuízo trimestral consecutivo, de US$ 2,3 bilhões. Às 11h10 (de Brasília), o futuro do Nasdaq caía 0,52% e o futuro S&P 500 recuava 0,39%. Também está pesando no mercado o balanço da Amazon.com divulgado na noite de quarta.   Como a agenda do dia reserva divulgações importantes e é véspera da divulgação do relatório do mercado de trabalho nos EUA, os investidores preferem manter a cautela. Às 11h30 (de Brasília), sai o indicador preferido de inflação do Fed, o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), junto com os dados de renda, consumo e custos da mão-de-obra. No mesmo horário, sai também o número de pedidos de auxílio-desemprego e, às 12h45 (de Brasília), a Associação dos gerentes de compras de Chicago divulga seu índice de atividade industrial regional.

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