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Bovespa cai pelo 3º dia e acumula queda de 4,89% no período

A queda de quase 5% das ações da Vale contribuiu para a performance negativa 

Por Alessandra Taraborelli e da Agência Estado
Atualização:

A Bovespa acompanhou o mau humor generalizado e registrou o terceiro dia seguido de queda nesta terça-feira, de volta aos 52 mil pontos, nível que não atingia no fechamento desde 28 de junho. Mais uma vez, Espanha e Grécia voltaram ao foco das atenções, após ressurgirem dúvidas sobre as condições de solvência dos dois países. Para ajudar, dados opostos sobre a atividade dos EUA fizeram crescer os temores sobre o ritmo da desaceleração da economia norte-americana. Internamente, a queda de quase 5% das ações da Vale contribuiu para a performance negativa da Bolsa. Com isso, o Ibovespa encerrou com declínio de 0,75%, aos 52.638,63 pontos. Na mínima, atingiu 52.399 pontos (-1,20%) e, na máxima, 53.416 pontos (+0,72%). Nos três dias seguidos de queda a Bolsa acumulou perda de 4,89%. No mês, o declínio é de 3,16% e, no ano, de 7,25%. O giro financeiro hoje ficou em R$ 6,003 bilhões. Os dados são preliminares. Para o gestor de investimento da corretora H.H. Picchioni, Paulo Amantéa, os investidores têm impedido a Bolsa de romper um importante suporte, os 52.300 pontos, porque temem que se isso ocorrer a Bolsa irá até os 47 mil pontos. Por outro lado, Amantéa lembra que está muito difícil a Bolsa superar os 57.700 mil pontos, nível considerado teto pelo mercado. "O investidor está se preparando para uma forte queda que, quando acontecer, será de forma rápida aos 47 mil pontos", disse. Entre as ações, a Vale apresentou performance negativa, puxada pelo dado da China e também pela queda de alguns metais. Logo cedo, foi informado o PMI preliminar de julho da China, que subiu, mas ainda se encontra em cenário de retração, o que afeta diretamente o setor de commodities, principalmente o de minério de ferro. Além disso, a saída do diretor financeiro da minerador, Tito Martins, dividiu as opiniões dos investidores. Outro argumento usado para explicar a queda foi a expectativa com o balanço da empresa que será divulgado nesta quarta-feira. Com isso, o papel ON caiu 4,88% e o PNA perdeu 4,69%. Petrobras também caiu, mas em menor proporção. A ação ON caiu 0,77% e a PN, -0,90%. Itaú, que divulgou balanço hoje, fechou com alta de 3,39%. Em Nova York, o índice Dow Jones perdeu 0,62%, o S&P 500 caiu 0,90% e o Nasdaq, - 0,94%.

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