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Bovespa cai seguindo NY e se aproxima de zerar ganhos do ano

Perdas acumulados em junho somam 11,60%, prejudicando ganhos do ano, que chegam agora a apenas 0,44%

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

A expectativa com o resultado da reunião do Federal Reserve nesta quarta-feira, 25, e o resultado ruim dos indicadores nos Estados Unidos fizeram com que as bolsas em Wall Street caíssem, ainda empurradas pela alta do petróleo. A Bovespa acompanhou o movimento e se aproximou de zerar os ganhos acumulados em 2008. As ações da Vale até amorteceram a queda, mas os setores siderúrgico e bancário foram destaques negativos, assim como a Petrobras, que não conseguiu sustentar a elevação até o final. Veja também: Dólar fecha em baixa de 0,68% e tem menor cotação desde 99 A Bolsa paulista encerrou o pregão em queda de 0,73%, aos 64.167,8 pontos. O índice oscilou entre a mínima de 63.713 pontos (-1,43%) e a máxima de 65.084 pontos (+0,69%). No mês, as perdas alcançam 11,60% e, no ano, os ganhos atingem apenas 0,44%. O volume financeiro segue fraco, mas melhorou na comparação com segunda-feira, ao somar R$ 5,269 bilhões. Em Nova York, o Dow Jones recuou 0,30%, aos 11.807,4 pontos, o S&P fechou em baixa de 0,28% e o Nasdaq encerrou em queda de 0,73%. A Conference Board apresentou nesta terça-feira o pior resultado da confiança do consumidor em 16 anos: em junho, o dado ficou em 50,4 (ante 57 previstos), de 58,1 em maio. Outro índice ruim foi o de preços dos imóveis S&P/Case-Shiller para 10 cidades, que bateu recorde ao cair 16,3% em abril em comparação ao mesmo período do ano passado. Em relação a março, a queda foi de 1,6%. O índice de preços para 20 cidades cedeu 15,3% em abril (outro declínio recorde) ante abril de 2007 e caiu 1,4% ante março deste ano. A alta do petróleo também pressionou negativamente as bolsas nos EUA. O contrato para agosto negociado na Nymex fechou em elevação de 0,19%, aos US$ 137. O dia foi calmo neste mercado, segundo traders, mas os investidores se posicionaram comprados por causa da divulgação, nesta quarta, dos estoques semanais do produto nos Estados Unidos. A quarta-feira vai ser um dia carregado de eventos, com destaque principal para a decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros nos Estados Unidos. Os indicadores divulgados nesta terça empurraram para mais longe uma elevação da taxa de juros. E os analistas vão procurar na ata da reunião justamente para quão longe vão estas projeções. Vale No mercado doméstico, as ações da Vale foram novamente destaque de elevação, após a notícia de que a australiana Rio Tinto consegui reajustar seu minério de ferro em 100% na negociação com as siderúrgicas japonesas. Na segunda, as chinesas aceitaram um reajuste de 85%. Estes aumentos foram superiores aos conseguidos pela Vale este ano e significam que, apesar do temor de recessão mundial a partir dos Estados Unidos, a demanda segue muito aquecida, a ponto de as mineradoras conseguirem passar adiante um aumento desta magnitude. Vale ON subiu 1,79% e Vale PNA, 1,47%. No mês, no entanto, as ações acumulam, respectivamente, perdas de 12,24% e 11,33%. Petrobras ON caiu 0,39% e Petrobras PN, 0,27%. O volume segue fraco e muitos investidores estrangeiros continuam se desfazendo da blue chip.

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