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Bovespa cede à pressão externa, mas fecha longe da mínima antes de pesquisas

Por PRISCILA JORDÃO
Atualização:

A Bovespa fechou em leve baixa nesta quinta-feira, pressionada por um cenário externo afetado por tensões geopolíticas no leste europeu. O recuo foi contido por especulações sobre as próximas pesquisas eleitorais, que fizeram a bolsa se distanciar da mínima do dia e trouxeram forte volatilidade durante o pregão. O Ibovespa teve variação negativa de 0,14 por cento, a 55.637 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 7,14 bilhões de reais. O índice chegou a perder 0,86 por cento na mínima, por volta das 13h20, após notícia sobre ataque que derrubou um avião de passageiros no espaço aéreo ucraniano, perto da fronteira com a Rússia. Os mercados acionários norte-americanos, que já operavam em queda com a aversão ao risco devido a novas sanções dos Estados Unidos contra a Moscou, aprofundaram perdas, em movimento seguido pela Bovespa. Em cerca de uma hora, porém, a bolsa brasileira deu uma guinada para cima e atingiu ganho de 0,8 por cento, com expectativas sobre divulgação de pesquisas eleitorais. A ação preferencial da Petrobras chegou a subir mais de 3 por cento. Alguns participantes do mercado citaram publicação de resultado de pesquisa do instituto Sensus em um blog nesta quinta-feira, mas o texto apenas trouxe os mesmos números da última pesquisa realizada em junho pelo instituto e foi retirado do ar. Segundo informou o diretor do Sensus à Reuters, os números da pesquisa mais recente só devem ser divulgados no sábado, pela revista IstoÉ. Outra pesquisa, do Datafolha, deve ser divulgada nesta noite, no Jornal Nacional, da TV Globo, publicou um colunista da revista Veja. "A boataria é a principal responsável por esse movimento, muito focado em Petrobras e com algumas pessoas falando que o resultado veio ruim para a presidente Dilma Rousseff. Mas, no final das contas, é especulação", disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora. Na próxima segunda-feira ocorre vencimento de opções sobre ações na bolsa, o que também costuma deixar algumas ações da bolsa mais voláteis dias antes. Mais para perto do fim do pregão, a Bovespa voltou a recuar, acompanhanda pela queda consistente das bolsas norte-americanas, mas a ação preferencial da Petrobras ainda fechou no azul, com avanço de 1,29 por cento. O setor de siderurgia apareceu entre as principais influencias negativas do dia, com destaque para CSN e Usiminas, reagindo a relatório em que o banco BTG Pactual adotou um tom mais cauteloso para o setor, citando a produção fraca de automóveis. A Oi teve queda de 6,25 por cento, devolvendo parte do ganho de 12,8 por cento da véspera após a operadora e a Portugal Telecom, com quem está em processo de fusão, terem suas classificações de risco cortadas para grau especulativo pela Fitch. Entre os destaques positivos, apareceu Embraer, diante do anúncio de que a fabricante de aeronaves fechou acordo para a venda de 60 jatos E190 para companhias chinesas.

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