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Bovespa e dólar fecham em queda, reagindo ao Fed

O Ibovespa encerrou o dia em baixa de 0,26% em 37.600 pontos. A moeda norte-americana, por sua vez, teve desvalorização de 0,32%, e ficou cotada a R$ 2,178

Por Agencia Estado
Atualização:

A decisão sobre a taxa de juros nos Estados Unidos ditou nesta terça-feira o rumo dos negócios, tanto aqui como no exterior. A taxa foi mantida em 5,25% ao ano, como era esperado pelo mercado, mas o comunicado divulgado logo em seguida não agradou. Com isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em baixa de 0,26%, em 37.600 pontos, com movimento financeiro de R$ 2,13 bilhões). O índice oscilou entre a mínima de -0,44% e a máxima de +1,02%. Antes da decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) sobre os juros, os mercados estiveram cautelosos. Logo depois do anúncio, contudo, a Bolsa paulista entrou em forte volatilidade. Num primeiro momento, o mercado de ações recebeu com otimismo a decisão do BC norte-americano e as bolsas dispararam tanto em Nova York quanto em São Paulo. Passada a euforia, o mercado analisou o comunicado do comitê e avaliou que a incerteza continua e há chance de aumento da taxa nas próximas reuniões. Nesse momento, as bolsas de Nova York inverteram o sinal positivo e passaram a operar em queda. A Bovespa conseguiu se segurar por mais tempo, e virou o sinal apenas perto do fechamento do pregão. Dólar O dólar comercial recuou 0,32% e fechou cotado a R$ 2,178, após oscilar entre a mínima de R$ 2,176 e a máxima de 2,188. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista encerrou em queda de 0,05%, a R$ 2,183. O recuo da moeda norte-americana foi considerado tímido, em especial na BM&F, diante da decisão do Fed (o banco central dos Estados Unidos) de fazer uma pausa na alta da taxa básica de juros - que se mantêm em 5,25% ao ano, após 17 altas seguidas -, e refletiu as incertezas dos investidores geradas pelo comunicado divulgado após a reunião. No comentário, o Fed informa que o momento para qualquer aumento futuro dos juros dependerá dos indicadores. "Como os preços do petróleo se mantêm pressionados, há preocupação com o impacto dos preços da commodity sobre os custos com energia e a inflação norte-americana. Isso justifica em parte a reação das Bolsas em Nova York, que permaneceram em queda após a decisão do Fed", comentou um operador. Após o anúncio da decisão do Fed, o dólar renovou as cotações mínimas do dia, mas devolveu a queda em seguida e renovou as máximas com a expectativa das tesourarias pelo leilão de compra da moeda realizado pelo Banco Central (BC). Como o BC aceitou apenas três propostas na operação (contra 21 propostas apresentadas), à taxa de corte de R$ 2,1825, as tesourarias que tiveram suas propostas recusadas foram ofertar em mercado depois, contribuindo para o enfraquecimento da moeda.

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