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Bovespa e NY abrem em baixa seguindo exterior; dólar sobe

Mercados operam em queda à espera de uma nova rodada de indicadores econômicos possivelmente fracos

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Por Redação
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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em queda nesta sexta-feira, 31, seguindo a trajetória dos mercados mundiais e encerrando um mês de grandes perdas e alta volatilidade. O dólar abriu em alta e às 11h34 (de Brasília) subia 0,67%, cotado a R$ 2,117. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 2,50%, aos 36.509 pontos. Em Wall Street, Dow Jones virava e subia 0,46%; Nasdaq recuava 0,24%; e S&P 500 também invertia o sinal e tinha alta de 0,34%. Veja também De olho nos sintomas da crise econômica  Veja os reflexos da crise financeira em todo o mundo Veja os primeiros indicadores da crise financeira no Brasil Lições de 29 Como o mundo reage à crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise Dicionário da crise  Em Nova York, as ações sentem o efeito da queda de 0,3% dos gastos com consumo nos EUA em setembro ante agosto. À medida que o crédito segue escasso no nível bancário, as conseqüências do congelamento deste mês atingem a economia real. A recuperação do crédito não deve ocorrer em breve, o que é uma notícia ruim numa economia sustentada pelo consumo. Ainda na agenda desta sexta estão o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan e o índice de atividade industrial de Chicago, mas os analistas não esperam números favoráveis. "Não há motivo para esperar surpresas positivas", disse Lena Komileva, economista da Tullett Prebon. O dia tem ainda Ben Bernanke, que falará à tarde sobre o financiamento hipotecário. Europa O pessimismo se espalhou para os mercados europeus, que abriram com perdas de entre 1% e 2,5%. O sentimento do mercado também sentiu a pressão de dados que sinalizavam o aprofundamento da deterioração econômica. As vendas no varejo da Alemanha caíram 2,3%, muito mais do que o declíni previsto pelos analistas, de 1,1%. Às 12h15 (de Brasília), Londres subia 0,25%, Frankfurt tinha alta de 1,85%; Paris registrava queda de 0,04% e Madri subia 1,41%. As ações européias também refletem preocupações com alertas de resultado feitos pelo grupo de telecomunicações britânico BT Group e pelo grupo de cosméticos L'Oreal, informa a agência Dow Jones. Os papéis do Barclays perdiam 9%, após investidores considerarem elevado o custo da captação privada de US$ 11,9 bilhões que o banco fez com um grupo de investidores do Oriente Médio. Já o grupo BT disse que o lucro operacional ajustado e o lucro por ação deverão ficar abaixo do esperado, seguindo-se a um desapontador desempenho em sua divisão de serviços. O grupo espera crescimento nas receitas no atual ano fiscal, mas antecipou que o lucro operacional ajustado deverá mostrar uma pequena retração em comparação ao ano passado. O Financial Times diz que os papéis das montadoras recebiam sustentação das declarações do primeiro-ministro francês de que encontraria maneiras para sustentar o setor. Ásia Na Ásia, apesar de alguns mercados terem encerrado a sessão em alta, o índice Nikkei registrou queda de 5%, refletindo a desaprovação dos investidores em relação à magnitude do corte nos juros do Japão. O banco central do Japão (BOJ) anunciou a redução da taxa de juros do país em 0,2 ponto percentual, para 0,3%. O mercado esperava um corte de 0,25%. Analistas do mercado de câmbio interpretaram a decisão como um sinal de relutância por parte do Japão em seguir outros bancos centrais e afrouxar a política monetária para elevar os níveis de liquidez.

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