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Bovespa fecha com perda de 0,40%; dólar tem alta de 0,05%

A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 2,185 - a máxima das negociações. Alta do petróleo e expectativa sobre o Fed nortearam o mercado

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado brasileiro de ações está em contagem regressiva para a reunião do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) neste terça-feira, que pode interromper uma seqüência de alta de juro nos Estados Unidos que vem desde junho de 2004. O Ibovespa, índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, acompanhou o ritmo dos mercados acionários de Nova York, que operaram em queda durante a maior parte do pregão, fechou em baixa de 0,40%, em 37.697 pontos, com movimento financeiro fraco (R$ 1,35 bilhão). O índice oscilou entre a mínima de -0,87% e a máxima de +0,08%. Além da expectativa com o resultado da reunião do Fed, os investidores estão cautelosos também com a alta do preço do petróleo, após o fechamento, por prazo indeterminado, do maior campo petrolífero dos Estados Unidos, em Prudhoe Bay, no Alasca. A British Petroleum suspendeu a produção após encontrar um vazamento de óleo em uma linha de distribuição. O produto encerrou em alta de 2,97%, valendo US$ 76,98 o barril em Nova York. Após ter se descolado parcialmente de Nova York na sexta-feira, impulsionada pelo fraco relatório de emprego norte-americano de julho, que fez crescer as apostas de que chegou a hora de o Fed fazer uma pausa na trajetória de alta do juro, os investidores na Bovespa agora querem ver para crer. Se o Fed corroborar as expectativas de parada no juro e divulgar um comunicado benigno, apontando para o fim do ciclo de aperto monetário, o mercado tem tudo para reagir bem. Analistas afirmam que, se o cenário externo ajudar, a Bovespa poderá recuperar os 39 mil pontos no curto prazo. Em Nova York, o índice Dow Jones terminou nesta segunda com perda de 0,19%, o Nasdaq recuou 0,60% e o S&P-500 cedeu 0,28%. Dólar Pressionado pela alta do petróleo, o dólar comercial fechou na cotação máxima do dia, em alta de 0,05%, a R$ 2,185. A máxima foi registrada pouco antes do fechamento e refletiu novamente a preocupação dos investidores de que a subida do petróleo nesta segunda poderá eventualmente vir a levar o Fed a adiar a esperada pausa no ciclo de alta da taxa básica de juros. A mínima registrada pela moeda norte-americana foi de R$ 2,175. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista encerrou valendo R$ 2,184 (+0,05%). Desde sexta-feira passada, quando o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos informou que houve a criação de 113 mil vagas em julho, abaixo da expectativa de 150 mil vagas, havia crescido a expectativa sobre uma pausa no ciclo de alta dos juros na reunião deste mês. "Considerando a persistente pressão inflacionária, o aumento dos preços futuros do petróleo e os sinais de desaquecimento da economia norte-americana, o mercado teme que os Estados Unidos já possam estar convivendo com uma estagflação", comentou um operador. Por isso, os investidores redobram a cautela diante das incertezas sobre o rumo dos juros e o tom do comunicado do Fed. O leilão do Banco Central no fim da primeira parte dos negócios contribuiu, em parte, para a subida do dólar à tarde, disse um operador. No leilão, a autoridade aceitou nove propostas à taxa de corte de R$ 2,180 - equivalente ao preço da moeda norte-americana durante o leilão. Segundo um operador, foram apresentadas 21 propostas com taxas de R$ 2,1797 a R$ 2,1838.

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