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Bovespa fecha com valorização de 0,03%; Dólar encerra estável

A Bovespa teve mais um pregão volátil, sem definir tendência

Por Agencia Estado
Atualização:

A Bovespa teve mais um pregão volátil, sem definir tendência. Após o dado do PIB revisado do segundo trimestre nos EUA ter ficado em linha com as estimativas dos analistas, os investidores passaram a operar na expectativa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que divulgará no início da noite desta quarta-feira a nova taxa básica de juros (Selic), e dos indicadores econômicos que serão divulgados na quinta nos EUA. Com tudo isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, oscilou pouco, entre -0,49% e +0,60%, e fechou o dia com ganho de 0,03%, aos 36.313 pontos. O volume negociado melhorou um pouco em relação aos últimos dias, mas continuou fraco, totalizando R$ 1,82 bilhão. O dólar caiu durante quase todo o dia, mas não sustentou a queda no fim do pregão, após o leilão de compra da moeda pelo Banco Central. Tanto no mercado interbancário como no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), a moeda americana terminou valendo R$ 2,138 - estável, no caso do dólar comercial, e em alta de 0,07%, no caso do dólar à vista na BM&F. O crescimento do PIB do segundo trimestre, nos EUA, foi revisado de 2,5% para 2,9%. Analistas ouvidos pela Dow Jones esperavam expansão de 3%, mas economistas citados por outras fontes esperavam uma revisão para +2,9%. Em relação ao primeiro trimestre do ano, que apresentou crescimento de 5,6% do PIB, a economia norte-americana teve forte desaceleração. Pelo comportamento tranqüilo das bolsas norte-americanas, os investidores viram esse dado do PIB mais como positivo do que negativo. O índice Dow Jones, do mercado acionário de Nova York, fechou em alta de 0,12%, e o Nasdaq, em +0,62%. Para a taxa Selic, a maioria das apostas são de corte de 0,25 ponto porcentual, para 14,50% ao ano. Mas alguns analistas acreditam em corte de 0,5 ponto porcentual. Na quinta-feira, nos EUA, será divulgado o indicador mais observado pelo Banco Central americano na hora de definir a taxa de juros por lá: o índice de preços com gastos pessoais (PCE), que pode influenciar os mercados. Dólar O dólar comercial oscilou entre a mínima de R$ 2,129 e a máxima de R$ 2,139. Logo após o leilão de compra do BC, as cotações devolveram as quedas exibidas desde a primeira parte dos negócios para passar a renovar as máximas. Segundo os operadores consultados, o Banco Central aceitou um número maior de propostas no leilão de hoje - 12 de um total de 15 - ante a média das últimas semanas, que variava entre três a cinco propostas. "O maior apetite do BC em dia de disputa no mercado futuro visando a rolagem de contratos de dólar estimulou um movimento preventivo de algumas tesourarias, que deu sustentação ao dólar", comentou um operador. Por isso, a moeda acabou devolvendo a queda inicial, que foi influenciada pela melhora externa após a divulgação do PIB revisado dos EUA. A queda também havia sido puxada pelo recuo do risco Brasil. Mais cedo, o risco Brasil caía 2,62% (6 pb) a 223 pontos base. No leilão, o BC pagou a taxa de mercado, de R$ 2,135. Logo após o leilão, o dólar atingiu a máxima.

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