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Bovespa fecha em alta de 0,59% apesar de queda no exterior

Bolsas norte-americanas caem pressionadas pela alta do petróleo e por divulgação de dados no país

Por Agência Estado e Reuters
Atualização:

O novo recorde do petróleo nesta sexta-feira, 27, pressionou as bolsas norte-americanas mas não atingiu a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Por aqui, o alta do petróleo e das commodities metálicas foi o argumento que os investidores domésticos usaram para aproveitar o tombo de quase 12% acumulado pela Bovespa em junho para fazer algumas compras. Seletivas, mas suficientes para garantir um encerramento em elevação ao principal índice doméstico.   Pelo sétimo pregão em junho, a Bovespa encerrou em alta, de 0,59%, aos 64.321,1 pontos. O índice oscilou entre a mínima de 63.881 pontos (-0,10%) e a máxima de 64.624 pontos (+1,06%). Na semana, perdeu 0,45%, no mês, recuou 11,39%. No ano, a Bolsa ainda registra alguns parcos ganhos, de 0,68%. O volume financeiro totalizou R$ 5,588 bilhões (preliminar).   Em Nova York, os indicadores fracos que saíram nos últimos dias nos Estados Unidos, além dos informes ruins sobre o setor corporativo, fizeram com que os investidores saíssem à procura de ativos reais. Daí a razão para o petróleo disparar e também os metais fecharem com ganhos.   Essa procura, no entanto, agrava ainda mais a situação das bolsas norte-americanas, visto que o petróleo caro pressiona os custos das empresas, a inflação e as margens. Com isso, o Dow Jones terminou a sessão em -0,93%, aos 11.346,5 pontos, o S&P em -0,37% e o Nasdaq, em -0,25%.   Petróleo   Os preços do petróleo fecharam acima de US$ 140 por barril pela primeira vez nesta sexta, no entanto os ganhos foram restringidos por realização de lucros após atingir um novo recorde perto de US$ 143.   A alta surgiu com a queda dos mercados acionários, tornando o petróleo e outras commodities uma alternativa de investimento, ficando ainda mais atrativas à medida que as bolsas ampliavam as baixas. Com a queda das ações, a desvalorização do dólar também impulsionou os preços das commodities.   Na Nymex, o contrato agosto fechou em leve alta de US$ 0,57, ou 0,41%, a US$ 140,21 por barril, marcando um novo recorde de fechamento, após ser negociado entre US$ 138,61 e um novo recorde a US$ 142,99.   "O petróleo pode ter atingido algumas metas de alta" disse Tom Bentz, analista da BNP Paribas Commodity Futures. Operadores também ressaltaram realizações de lucros de fim de trimestre, com o segundo trimestre acabando na segunda-feira.   Em Londres, o petróleo tipo Brent subiu US$ 0,48, ou 0,34%, a US$ 140,31 por barril, após ser negociado entre US$ 138,99 e o novo recorde a US$ 142,97.

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