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Bovespa fecha em baixa de 0,85%; dólar sobe

O Ibovespa fechou em baixa de 0,85%, aos 38.897 pontos, após oscilar entre a mínima de -1,42% e a máxima de -0,01%

Por Agencia Estado
Atualização:

Após acumular no mês até segunda-feira ganho de 7,6%, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, perdeu hoje os 39 mil pontos reconquistados na véspera. O índice fechou em baixa de 0,85%, aos 38.897 pontos, após oscilar entre a mínima de -1,42% e a máxima de -0,01%. O volume negociado ficou em R$ 2,06 bilhões. O clima negativo vivenciado pelas bolsas internacionais contagiou o mercado doméstico de câmbio, que operou em alta durante todo o dia. Após o leilão de compra da moeda realizado pelo Banco Central, contudo, a alta foi reduzida. A Bovespa acompanhou sem medo a realização de lucros das bolsas norte-americanas, que teve como pretexto o núcleo do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de setembro, que veio bem acima do previsto. Enquanto o índice cheio do PPI caiu 1,3%, puxado pela baixo nos preços do petróleo, o núcleo, que exclui energia e alimentos, subiu 0,6%, ante previsão de alta feita pelos economistas da Dow Jones de apenas 0,2%. É unânime a avaliação de que a Bolsa estava "devendo" uma realização de lucros, pois vem de seguidas altas nas últimas semanas e a perspectiva é de que esse movimento de recuperação continue até o final do ano. Não são poucos os analistas que acreditam que a Bolsa vai voltar aos 42 mil pontos até dezembro, se não houver nenhum contratempo do lado externo. Na contramão do mercado, a ação preferencial do Pão de Açúcar disparou 5,74%, sendo, de longe, a maior alta do Ibovespa. A empresa anunciou ontem à noite uma alta de 7% nas vendas líquidas e de 4,5% nas vendas brutas mesmas lojas, quebrando uma longa seqüência de meses com queda nas vendas. Dólar O dólar comercial fechou em alta de 0,09%, a R$ 2,132, no mercado interbancário, após oscilar entre a mínima de R$ 2,131 e a máxima de R$ 2,142. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista também fechou a R$ 2,132, com valorização de 0,14%. As cotações à vista reduziram os ganhos depois do leilão de compra da moeda norte-americana realizado pelo Banco Central esta tarde, porque as tesourarias que ficaram com fluxo cambial na mão por não terem vendido ao BC passaram a ofertar moeda em mercado, contribuindo para a redução das altas. Nesse horário, a demanda era muito fraca, afirmou um operador. No leilão, o BC aceitou apenas quatro propostas à taxa de corte de R$ 2,1354. A redução da alta do risco Brasil também foi observada e favoreceu a desaceleração do dólar. Às 15h51, o risco Brasil subia 3 pontos a 213 PB, após avançar até 6 pontos de manhã. Após o leilão, o dólar na BM&F e no mercado interbancário renovou as mínimas, a R$ 2,1315 (+0,12%) e R$ 2,131 (+0,05%), respectivamente, acompanhando ainda a queda externa do dólar ante outras moedas. Às 16h13 (de Brasília), o dólar caía 0,12% para 118,88 ienes e o euro subia 0,10% para US$ 1,2547. De manhã, as cotações do dólar à vista subiram até as máximas de R$ 2,1415 (+0,59%) na BM&F e a R$ 2,142 (+0,56%) no mercado interbancário. A alta refletiu o movimento de realização de lucros nos mercados externo e interno em reação ao núcleo do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de setembro nos EUA acima do esperado e o nível mais baixo de produção industrial norte-americana, o que diminui os motivos para elevação da taxa básica de juros dos EUA. Embora o PPI cheio tenha caído 1,3% em setembro, acima do esperado, o núcleo do índice de preços ao produtor subiu 0,6%, mais do que os economistas calculavam. Foi a maior alta desde janeiro do ano passado; a queda do índice cheio foi a maior desde abril de 1993. Mas economistas observaram que enquanto a queda do índice cheio foi provocada por retração dos preços de gasolina, a alta do núcleo foi motivada por aceleração nos preços dos automóveis e dos caminhões. Já a produção industrial nos EUA em setembro caiu 0,6%, acima do que os economistas esperavam. Esses dados confirmam a desaceleração da economia com inflação e elevam as expectativas do mercado sobre a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) norte-americano, nesta quarta-feira às 9h30 (de Brasília).

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