PAPEL POR PAPEL
Mas se o Ibovespa não refletiu o tom mais pessimista, as ações da Petrobras afundaram, encerrando com a maior queda desde 12 de novembro de 2008, de 12 por cento os papéis preferenciais e de 11 por cento as ações ordinárias, com os preços retomando os níveis de março deste ano.
O UBS colocou em revisão a sua recomendação de "compra" para Petrobras e o preço-alvo de 20 reais, citando que a volatilidade global dos preços do petróleo e combustíveis e altas incertezas políticas podem exercer pressão sobre a estatal, na esteira da reeleição da presidente Dilma.
Os papéis da Eletrobras também esti veram entre as maiores quedas do índice, enquanto o papel do Banco do Brasil terminou em baixa de 5 por cento.
Muitas outras ações também sofreram com a visão mais pessimista traçada por economistas para o país no curto prazo, como as dos bancos privados Itaú Unibanco e Bradesco e de empresas do setor imobiliário.
A alta do dólar, também reflexo da reação ao resultado das eleições, amparou ganhos de empresas como Fibra, Suzando Embraer e Braskem, que têm as receitas influenciadas por exportações.
Estrategistas do BTG Pactual recomendaram ações de setores "mais defensivos", como de serviços financeiros, ou beneficiados pela desvalorização do real, após a reeleição de Dilma, entre elas Braskem e Suzano, além de Estácio, também entre as poucas altas do índice nesta sessão.
Da safra de balanços, Hypermarcas reportou na sexta-feira à noite lucro líquido de 118,8 milhões de reais no terceiro trimestre, alta de 48,1 por cento na comparação anual.
Tractebel Energia, maior geradora privada de energia do país, divulgou na sexta-feira, também após o fechamento do mercado, alta de 34 por cento no lucro do terceiro trimestre, resultado bem acima do esperado pelo mercado.
Na terça-feira, a agenda de resultados inclui os números de Duratex e Klabin antes da abertura dos negócios, enquanto CCR e Cielo divulgou seus números após o fechamento da bolsa.