AÇÕES
Petrobras encerrou entre as maiores quedas do Ibovespa, conforme seguem especulações sobre reajuste de combustíveis. A empresa disse nesta manhã que não há, no momento, decisão sobre o assunto. O Goldman Sachs cortou a recomendação dos papéis de "compra" para "neutra", bem como reduziu o preço-alvo e os excluiu da sua lista LatAm Spotlight.
Vale também sofreu neste pregão, véspera de divulgação do balanço, após nova queda nos preços do minério no mercado à vista na China, para perto do menor nível desde 2009. O Credit Suisse cortou a recomendação para o ADR da mineradora de "neutra" para "underperform" e o preço-alvo.
A unit da Santander Brasil despencou quase 7 por cento, véspera da oferta pública voluntária de permuta de suas ações e units por recibos de ações (BDRs) do Santander Espanha.
Em nota a clientes, o Itaú BBA explicou que usando a relação de troca da oferta, a ação está sendo negociada com desconto. Mas lembrou que quem comprou ações nesta quarta-feira não poderá participar da oferta de ações na quinta-feira, uma vez que a liquidação acontece só depois da oferta.
O Itaú citou que no caso de a oferta alcançar pelo menos 66,6 por cento de aceitação, os acionistas de Santander Brasil terão uma put (opção de venda) contra o Santander Espanha por três meses. Assim, eles poderão trocar a unit do Santander Brasil por ações do Santander Espanha na mesma relação da oferta.
Mas se a operação não alcançar 66,6 por cento, os acionistas permanecerão com as units, mas provavelmente com uma liquidez muito menor e governança corporativa mais fraca, uma vez que o banco está deixando o Nivel 2 de governança corporativa da Bovespa.
BALANÇOS
Usiminas teve a maior queda do índice, de 8 por cento, após divulgar mais cedo prejuízo de 24 milhões de reais e Ebitda abaixo do esperado por analistas. Ata de reunião do conselho fiscal da siderúrgica obtida pela Reuters também mostrou que há desconfiança sobre a legitimidade na demissão de executivos. O Itaú BBA cortou o papel para "underperform", abaixo da média do mercado.
Cielo caiu 0,87 por cento. A empresa anunciou na véspera que a combinação de receitas fortes e maiores volumes de pré-pagamentos garantiu um aumento anual do lucro no terceiro trimestre, mas prevê um 2015 desafiador.
CCR perdeu 1,8 por cento, um dia após divulgar lucro líquido de 346,1 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 14,2 por cento ante mesmo período de 2013, praticamente em linha com o esperado.
A agenda da safra de balanços reserva para a quinta-feira o desempenho trimestral de Bradesco antes da abertura, além de Vale, enquanto BRF, Pão de Açúcar, EDP Energias do Brasil, Suzano e PDG Realty divulgam seus resultados após o fechamento.