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Bovespa fecha quase estável; Dólar encerra valendo R$ 2,152

Petrobras e Vale voltaram a ser os atores principais da Bolsa nesta sexta-feira

Por Agencia Estado
Atualização:

Petrobras e Vale voltaram a ser os atores principais da Bolsa nesta sexta-feira. Os dois papéis, que fazem parte do jogo do vencimento de opções sobre ações, que acontecerá segunda-feira, travaram os negócios. Apesar do cenário externo favorável, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, terminou o dia praticamente estável, com alta de 0,05%, aos 36.169 pontos. O volume ficou em R$ 1,71 bilhão. A mesma melhora do humor externo, fez o dólar voltar a cair, após registrar valorização na quinta-feira. No mercado interbancário, o dólar comercial encerrou o dia em baixa de 0,51%, cotado a R$ 2,152. Na mínima, o Ibovespa recuou 0,76%. Na máxima, chegou a subir 0,87%, reagindo aos dados divulgados nos Estados Unidos, como o índice de preços ao consumidor (CPI), que ficou exatamente dentro do esperado (alta de 0,2%), e a queda marginal da produção industrial de agosto (-0,1%). Mas as ações da Petrobras continuaram liderando as vendas. Nesta sexta, particularmente, desagradou ao mercado os dados da produção média de petróleo e gás da empresa no Brasil, que mostraram queda de 1,2% em agosto na comparação com julho. Esse nível, porém, é 3,8% maior que o de agosto do ano passado. Segundo a empresa, a diminuição da produção ante julho deve-se à parada programada da plataforma P-20 no campo de Marlim, na Bacia de Campos. A semana ainda foi de nova disputa com a Bolívia, que ameaça assumir o controle das refinarias de petróleo da Petrobras em seu território. E, mais, a proposta da Petrobras para cobrir sozinha o déficit de seu fundo de pensão, o Petros, não conseguiu a adesão suficiente dos participantes da fundação de previdência. A ação preferencial da petrolífera terminou em queda de 0,71%. As ações da mineradora Vale do Rio Doce também sofreram os efeitos negativos da contínua desvalorização das commodities metálicas. A ação preferencial classe A da Vale caiu 0,56%. Foi o segundo papel mais negociado do dia, mas bem distante da Petrobras. Dólar A moeda oscilou entre a mínima de R$ 2,150 e a máxima de R$ 2,157. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista terminou com perda de 0,53%, também a R$ 2,152. A concretização de algumas das esperadas captações privadas - nesta sexta foi anunciado o encerramento de duas e várias estão em curso - sustentaram a trajetória de queda do dólar, apesar da queda leve da produção industrial dos EUA e do recuo no preço das commodities. A taxa do índice cheio da inflação norte-americana ao consumidor, de 0,2%, ficou exatamente na mediana nas previsões. O resultado do núcleo repetiu a performance, mostrando também evolução de 0,2%, ante estimativas de 0,2%. E os investidores responderam positivamente ao dado, que reforçou as perspectivas de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) vai manter a taxa de juro estável novamente na sua reunião do próximo dia 20.

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