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Bovespa garante alta de 0,12% após dia de oscilação

Investidores ficam na defensiva diante de incertezas no mercado internacional; Bolsa de NY caem

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu a semana com muita volatilidade, num pregão marcado pela posição defensiva dos investidores diante das incertezas que rondam o mercado internacional. O petróleo, pela manhã, bateu novo recorde e contaminou negativamente os índices acionários norte-americanos, também afetados pelo índice Empire State ruim. Mas a commodity acabou recuando e levando as bolsas norte-americanas a devolverem boa parte das perdas. O Dow Jones, entretanto, não conseguiu mudar de sinal.   Veja também: Expectativas inflacionárias fazem dólar cair 0,61%   Para a Bovespa, o pregão terminou praticamente no zero a zero. Depois de oscilar entre a mínima de 66.430 pontos (-1,15%) à máxima de 67.618 pontos (+0,62%), a Bovespa acabou fechando com alta de 0,12%, aos 67.284,6 pontos. No mês, acumula perdas de 7,31% e, no ano, alta de 5,32%. O volume financeiro totalizou R$ 7,042 bilhões (preliminar), mas o exercício de opções sobre ações nesta segunda-feira respondeu por R$ 1,456 bilhão desse total. O exercício também foi fraco: em maio, havia totalizado R$ 4 bilhões.   EUA   Em Nova York, o Dow Jones recuou 0,31%; o S&P subiu 0,01% e o Nasdaq avançou 0,83%. A queda do Dow ocorreu apesar de o petróleo ter recuado no exterior. O contrato para julho fechou em baixa de 0,19%, a US$ 134,61, embora antes tenha batido novo recorde intraday, a US$ 139,89. O que fez os preços recuarem foi uma notícia que já era conhecida no mercado logo cedo: a Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo, pretende aumentar sua produção no encontro do próximo dia 22.   Segundo analistas em Wall Street, as notícias negativas de companhias que estão sobrecarregadas com apostas de crédito ruins ainda seguem no horizonte e prejudicam o mercado acionário. Um exemplo é o Lehman Brothers, que anunciou prejuízo de US$ 2,8 bilhões no trimestre encerrado em 31 de maio. "Tivemos poucas pessoas sinalizando que já passamos pelo pior. Mas ninguém nunca disse, 'estamos todos melhores agora", disse Marc Pado, estrategista da Cantor Fitzgerald. Amanhã, o Goldman Sachs divulga seu balanço, e o Morgan Stanley, na quarta-feira.   Além do Lehman Brothers, o índice Empire State ajudou a azedar os humores por lá. O dado da atividade do setor de manufatura em Nova York caiu para -8,68 em junho, ante previsão de -1,5, elevando as apostas de aumento de juros pelo Fed. Os investidores estão temerosos com a inflação, e isso em todo o mundo, inclusive no Brasil. A alta do petróleo, mais cedo, reforça estes temores e pode gerar um desaquecimento da economia mundial, afetando o Brasil. Isso se dará pelo enfraquecimento global, uma vez que a Petrobras vem segurando um novo reajuste do produto.

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