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Bovespa inverte queda e fecha em mais um recorde

Bovespa subiu apenas 0,03% no fechamento, para o recorde de 70.195,3 pontos

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

Depois de acumular quase 10% de ganhos em três pregões, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) passou o dia todo em queda, invertendo o sinal apenas na correção do índice após o término do pregão, o que resultou num fechamento praticamente estável, mas recorde. No auge da realização de lucros, a Bolsa recuou 0,87%, aos 69.561 pontos, limitada pelo grau de investimento, pela alta das commodities metálicas e petróleo.   Veja também:  Na elite do mercado mundial  As grandes quedas e altas da Bolsa  Petróleo sobe 1,56% e fecha acima de US$ 121 pela 1ª vez   A Bovespa, assim, subiu apenas 0,03% no fechamento, para o recorde de 70.195,3 pontos. Oscilou entre a mínima de 69.561 pontos (-0,87%) e a máxima de 70.215 pontos (+0,06%). Com o resultado de hoje, a elevação acumulada em maio é de 3,43%. No ano, a alta alcança 9,88%. O volume financeiro negociado totalizou R$ 6,875 bilhões (preliminar). No mercado cambial, o dólar fechou cotado a R$ 1,6600, em alta de 0,18%. Em Wall Street, as bolsas subiram, amparadas pelas ações dos setores financeiro e de tecnologia. Dow Jones avançou 0,40%, S&P, 0,77% e Nasdaq, 0,78%. O novo recorde do preço do petróleo acabou renegado a segundo plano por lá, muito embora tenha empurrado as ações da Petrobras para cima no mercado doméstico - e também os ADRs da empresa em Nova York. O barril do petróleo subiu 1,56% e fechou no nível inédito de US$ 121,84. Durante o dia, o preço atingiu o recorde de US$ 122,35 no viva-voz e, no eletrônico, saltou a US$ 122,73. A demanda da China e da Índia, especulação, restrições à oferta da Opep, ameaças à produção do Irã, Iraque e Nigéria e gargalos em refinarias nos EUA são as preocupações que impulsionam os preços da commodity. Petrobras Aqui, Petrobras ON avançou 2,82% e PN, 2,62%. Em evento nos EUA, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, anunciou que a empresa pretende captar US$ 5 bilhões até o final do ano para investir na prospecção de petróleo na camada pré-sal - lugar onde foi descoberto o campo gigante de Tupi e onde está o promissor campo Carioca. Ele ainda anunciou que até a próxima sexta-feira a empresa pode decidir sobre a compra da refinaria da norte-americana Valero Energy, localizada em Aruba. Para ele, os preços do petróleo continuarão elevados e "mais voláteis", embora não haja "razão para vermos queda ou grande alta dos preços". Vale também deu suporte ao Ibovespa ao fechar em +1,83% as ON e +1,47% as PNA, de olho na alta das commodities metálicas. Ontem, a empresa havia anunciado a compra, por US$ 145 milhões, da Mineração Apolo, que irá elevar em quase 1 bilhão de toneladas as reservas de minério de ferro da empresa no chamado Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. Desempenho das principais ações Com as blue chips em alta, a realização de lucros hoje aconteceu de forma tímida e localizada. Os papéis que tiveram os maiores ganhos após a elevação do Brasil para grau de investimento pela Standard & Poors estão entre os que passaram por uma redução hoje, como por exemplo as ações do setor de consumo/varejo e construção civil. No caso dos bancos, a queda das ações de hoje teve um empurrãozinho dos papéis do Itaú. O segundo maior banco privado do País anunciou lucro líquido consolidado no primeiro trimestre de R$ 2,043 bilhões, em linha com as projeções. Como os analistas já precificavam o resultado, houve vendas, que não se limitaram a esses papéis, se espalhando pelo setor de forma geral. Itaú PN caiu 4,3%, Bradesco PN, 3%, Banco do Brasil ON, 3,67% e units do Unibanco, 0,47%. Ainda da safra de balanços, TIM Participações liderou as perdas do Ibovespa ao cair 8,39% as ON e 8,07% as PN. A empresa anunciou aumento de 454,5% no prejuízo do primeiro trimestre em relação ao mesmo intervalo de 2007, para R$ 107,929 milhões. Light ON cedeu 5,04%. A empresa anunciou lucro líquido de R$ 104 milhões no primeiro trimestre, equivalente a uma alta de 10,2% em relação ao mesmo período de 2007.

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