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Bovespa lança mercado de renda fixa em abril

Dia 20 entra em funcionamento o Bovespa Fix, sistema eletrônico voltado para a negociação de títulos privados de renda fixa. Inicialmente, os investidores poderão comprar e vender apenas debêntures.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) vai lançar, no dia 20 de abril, um sistema eletrônico voltado para a negociação de títulos privados de renda fixa. A tecnologia será chamada de Bovespa Fix. Inicialmente, os investidores poderão comprar e vender apenas debêntures - título de renda fixa emitido por sociedade anônima para tomar empréstimo no mercado - pela nova plataforma. Mas a estrutura será depois ampliada para notas promissórias (commercial papers) e outros papéis. O objetivo da bolsa ao lançar o Bovespa Fix é dar mais transparência e negociabilidade ao mercado de renda fixa do País. Hoje, as debêntures são transacionadas no sistema Mega Bolsa e, principalmente, na Cetip - uma central de negociação via telefone, que não permite que o mercado acompanhe de perto as operações e as cotações dos papéis. Para o assessor da Superintendência Geral da Bovespa, Helcio Fajardo, a maior vantagem do Bovespa Fix é que as ofertas de compra e venda serão colocadas diretamente no sistema, à disposição de todos os investidores. O preço de fechamento dos negócios também aparecerá online. De acordo com Henriques, a transparência do novo sistema dará mais negociabilidade ao mercado. "O investidor poderá entrar e sair das posições com mais facilidade, o que deve aumentar o número de negócios", disse. Ele afirmou que o Mega Bolsa não é ideal para as debêntures porque tem características do mercado de ações, para o qual na verdade foi desenvolvido. Henriques acredita que a Cetip também não se encaixa, por não passar confiança ao investidor. O sistema será inaugurado com as debêntures das cinco companhias negociadas hoje no Mega Bolsa, que serão transferidas automaticamente à plataforma. Os papéis são da Caiuá, CMS Cartões, Fibra Leasing, Globocabo e Pão de Açúcar. Para a criação do sistema, a Bovespa e a Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) desenvolveram um novo regulamento de negociação, voltado para debêntures, que será submetido à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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