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Bovespa opera com volatilidade e cautela prevalece

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Por Redação
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo operava com leve alta no final da manhã desta sexta-feira, em uma sessão de intenso sobe-e-desce. Os mercados internacionais estavam um pouco mais calmos, depois que o Federal Reserve reduziu a taxa de redesconto, mas investidores estavam bastante apreensivos. Às 13h18 o Ibovespa subia 0,31 por cento, para 48,163 pontos, depois de cair 13 por cento nos últimos seis pregões. O volume financeiro era de 3,5 bilhões de reais. "Hoje tivemos o Fed tomando uma atitude, mas ainda não é de redução do juro na ponta que precisa ser e o risco continua elevado. Quem está fazendo a inibição de uma evolução rápida do mercado (brasileiro) é o próprio (investidor) local também. E o estrangeiro não está na ponta de compra ainda", disse Nami Neneas, responsável pelo setor de renda variável do Banif Primus. Os mercados abriram com forte alta nesta sessão, animados com a notícia de que o Federal Reserve reduziu o juro cobrado por ele nos empréstimos a bancos comerciais em 0,5 ponto, movimento para acalmar os mercados mundiais em meio aos temores com o setor de crédito e a liquidez. Nos EUA, os principais índices abriram em alta de mais de 2 por cento, mas desaceleraram a alta. O Ibovespa chegou a subir 3,3 por cento, mas logo inverteu o rumo, caindo 2,4 por cento, para depois voltar para o zero a zero. "Embora o Fed tenha tentado acalmar os mercados, o pessoal ainda está muito cauteloso, porque a situação toda ainda não está resolvida. Ainda existe o risco de novos fundos aparecerem com problemas... Isso tira um pouco o ânimo", disse o gestor de uma corretora nacional que preferiu não ser identificado. "Eu compraria nesse nível de preço... o mercado está 10 mil pontos mais barato, mas tem muita gente assustada. A grande massa tomou um susto ontem", disse Neneas, do Banif. No pior momento da quinta-feira, o Ibovespa perdeu quase 9 por cento. "Não dá para falar em recuperação rápida agora. É importante ver que temos um cenário bacana para o Brasil, mas não está claro o que vai acontecer lá fora. Enquanto a gente tiver essa possibilidade de novos nomes no mercado, nós vamos sofrer ainda", acrescentou. A corretora Fator divulgou relatório esta manhã elevando a recomendação de nove papéis e reforçando a recomendação de compra de outros 17. "Em função das recentes quedas das ações sem alterações nos fundamentos das companhias, várias opções de investimento tornaram-se atraentes novamente", escreveu a corretora. Entre as baixa na Bovespa estavam papéis de bancos. Bradesco recuava 2,2 por cento e Unibanco perdia 1,65 por cento. Os principais bancos brasileiros enviaram comunicados ao mercado entre a noite da véspera e esta manhã para garantir que não estão expostos ao mercado de crédito imobiliário de risco nos Estados Unidos ou de outros países [nN17455617]. A estreante Cosan Limited, que não pertence ao Ibovespa, operava em queda de 2,99 por cento, enquanto a subsidiária Cosan S.A. subia 0,82 por cento. (Por Juliana Siqueira)

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