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Bovespa opera em leve alta com cautela sobre dívida de Dubai

Após abrir em baixa, Bolsa inverte o sinal e ensaia recuperação; mercados da Europa e índices dos EUA caem

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Por Redação
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa nesta segunda-feira, 30, mas inverteu o sinal poucos minutos após o início do pregão. A bolsa paulista acompanha o tom de cautela nos mercados financeiros do Ocidente, com os investidores ainda apreensivos com os desdobramentos da crise da dívida do Dubai World. Às 12h58 (de Brasília), o Ibovespa tinha alta de 0,28%, aos 67.270 pontos. No mesmo horário, o dólar subia 0,33%, cotado a R$ 1,749.

 

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Nos EUA, os índices abriram em leve baixa. O S&P 500 cedia 0,04%, o Nasdaq -0,05% e o Dow Jones - 0,11%, com o mercado absorvendo os números de vendas das varejistas na Black Friday. As lojas norte-americanas atraíram mais consumidores durante o final de semana prolongado, mas o tráfego maior de clientes não foi suficiente para impulsionar os gastos, que caíram em relação ao ano passado. Na Europa, a queda das bolsas era mais acentuada, ao redor de 1%.

 

Nesta segunda, o governo de Dubai afirmou que não vai garantir a dívida da Dubai World e os credores serão afetados no curto prazo pela reestruturação do conglomerado. A informação foi dada pelo diretor-geral do departamento de Finanças do emirado. Abdulrahman al-Saleh acrescentou que a reação do mercado ao anúncio, feito semana passada, sobre os problemas de dívida do Dubai World foi exagerada e não é condizente com a realidade.

 

No último domingo, contudo, o Banco Central dos Emirados Árabes Unidos anunciou que "respaldaria" os bancos locais e estrangeiros que operam localmente. A instituição informou que vai oferecer acesso a capitais, em um sinal de que o país do Oriente Médio estaria se apressando para acalmar os investidores preocupados com a dívida de Dubai, depois que a empresa Dubai World se declarou em moratória.

 

A Dubai World, cujas ações abarcam propriedades que vão de portos a bens imobiliários, surpreendeu o mundo no dia 25 ao anunciar que pedirá o adiamento do pagamento de dívidas pelo menos até maio, assim como as dívidas pendentes de sua subsidiária de bens imobiliários Nakheel PJSC. Essa subsidiária deveria pagar até US$ 3,5 bilhões em dezembro.

 

Nos Emirados Árabes Unidos, a bolsa de valores de Dubai encerrou a segunda-feira em queda de 7,3%, a maior desde 8 de outubro de 2008. As ações foram negociadas nos emirados pela primeira vez nesta segunda desde o pedido de adiamento de pagamento de bilhões de dólares em dívida. Já o mercado acionário de Abu Dhabi, outro emirado que forma os Emirados Árabes Unidos, despencou 8,3%, a maior perda diária da história do índice. Os papéis de bancos e do setor imobiliário foram os mais atingidos. Das 32 ações da bolsa de Dubai, 18 encerraram no limite de baixa, o que aconteceu com 28 dos 60 papéis de Abu Dhabi.  

 

Bolsas da Ásia avançam

 

As bolsas da Ásia se recuperaram nesta segunda depois da acentuada queda da semana passada provocada pela crise de dívida de Dubai. A avaliação de que os efeitos de um potencial calote serão limitados foi reforçada com uma série de garantias de autoridades que ajudaram a acalmar os nervos dos investidores. As ações do setor bancário, que enfrentaram a maior parte do movimento de venda da sexta-feira, lideraram os ganhos nesta segunda-feira.

 As ações em Hong Kong, que sofreram a maior perda diária em oito meses na sexta-feira, e o mercado acionário de Tóquio, que encerrou no menor nível em quatro meses na semana passada, registraram os maiores ganhos na região nesta segunda-feira. A bolsa de Tóquio subiu 2,91%, a 9.435 pontos. O mercado em Hong Kong disparou 3,25%, a 21.821 pontos. Já o índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 2,68% às 7h46 (horário de Brasília), a 402 pontos. Xangai avançou 3,2%, Cingapura recuou 1,09% e Taiwan teve valorização de 1,22%.

 

Texto atualizado às 13h

 

(com Reuters e Agência Estado)

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